A decisão do governo brasileiro de anular a expulsão dos nove chineses presos logo após o golpe de 1964 foi recebida com satisfação pelo jornalista Ju Qindong, um dos cinco ainda vivos.
"Claro que fiquei muito feliz. Imediatamente dei a boa notícia a meus quatro velhos companheiros de sofrimento", disse Ju, por email. Ele e os outros oito chineses foram presos no Rio de Janeiro no dia 3 de abril de 1964, suspeitos de tramar uma revolução comunista. Eles foram condenados a dez anos de prisão, da qual cumpriram um, antes de serem expulsos do Brasil.
Em seu relatório, apresentado no último dia 10, a Comissão Nacional da Verdade reconhece a inocência dos chineses e afirma que eles foram vítimas de perseguição política. O jornalista prestou depoimento em vídeo à comissão.



