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Quatro pessoas de uma mesma família morreram no desabamento de uma casa em Teresina, Piauí, provocado pela forte chuva, na madrugada desta sexta-feira. Entre as vítimas, havia duas crianças. O deslizamento de areia de um morro soterrou a casa onde dormiam José Francisco dos Santos, Ivanildes de Assis e as duas filhas do casal, Mariana, de 7 anos, e Maria, de 5. O filho mais velho, de 12 anos, foi salvo pelos vizinhos. Outras 20 casas próximas estão ameaçadas e a área foi isolada pelo Corpo de Bombeiros, que fará vistorias para avaliar quais casas devem ser interditadas.

Em Pernambuco, o prefeito de Petrolina, Odacy Amorim (PSB), decretou nesta sexta-feira estado de emergência na cidade, devido às fortes chuvas que têm atingido o município este mês. Há 46 famílias desabrigadas, provisoriamente alojadas em quatro creches da cidade.

Segundo a Prefeitura, as chuvas registradas em fevereiro fizeram subir os níveis de algumas barragens no interior do município, além de ter elevado o nível das águas do rio São Francisco. Não chove no município desde a última quarta-feira, mas há possibilidade de temporais até o próximo domingo.

- Existe a preocupação de que novas chuvas possam iorar a situação - disse o prefeito.

A chuva também provocou estragos no Sudeste do Maranhão. Mais de 150 famílias estão desabrigadas em Imperatriz. O Rio Tocantins está seis metros acima do nível normal. Na região, 550 famílias moram em áreas de risco. Segundo a Defesa Civil, se a chuva continuar o número de desabrigados pode aumentar.

Chuva forte causa transtornos em toda a região Sul

No sul, o Rio Paraná está cinco metros acima do nível normal. A enchente deixou mais de 300 famílias desabrigadas, entre o Paraná e Mato Grosso do Sul. A água inundou fazendas inteiras, estragando máquinas agrícolas e plantações. Muitas casas inundadas estão sendo saqueadas por ladrões.

A Defesa Civil está em alerta na região sul, onde pode chover granizo nesta sexta-feira. Nuvens carregadas aumentam o risco de temporais e há possibilidade de ventos de 60 km/h entre o centro do Rio Grande do Sul e o centro do Paraná.

A chuva causa transtornos em cidades do interior do Rio Grande do Sul e na capital, desde a noite desta quinta-feira. Em Porto Alegre, ruas e calçadas ficaram alagadas. A água chegou a provocar panes mecânicas nos carros. Pelo menos 12 veículos se envolveram em acidentes de trânsito. A Avenida Goethe, uma das mais prejudicadas pelo temporal, foi interditada por cerca de uma hora por causa da enxurrada.

Em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, a chuva alagou pelo menos cinco bairros da cidade. Durante 20 minutos, choveu 63 milímetros, o equivalente a mais da metade da média mensal. Não houve registros de feridos.

A chuva também atrapalhou o trânsito na BR-116, em Canoas. Em São Leopoldo, houve pontos de alagamento perto da rodoviária da cidade.

Temporal também provoca prejuízos na Bahia

A chuva forte em boa parte da Bahia, desde quarta-feira, vem causando transtornos aos moradores de várias cidade do estado. A população de 14 municípios está sem energia desde a tarde desta quinta-feira, quando um raio atingiu uma subestação da companhia de eletricidade do estado, em Ipiaú, a 355 quilômetros de Salvador.

No norte da Chapada Diamantina, o Rio Itapicuru-Mirim transbordou alagando parte da cidade de Jacobina. A água invadiu lojas e arrastou quatro carros. Duas casas desabaram. Ninguém ficou ferido.

Em Juazeiro, no norte do estado, a chuva atingiu 111 milímetros, quantidade esperada para o mês inteiro. A população da região sofre ainda com o aumento do nível do Rio São Francisco que começou a subir com a chuva em Minas Gerais. A água inundou plantações e invadiu casas. Mais de 600 pessoas estão desabrigadas. Os produtores de manga da região podem perder a safra.

Já no extremo sul do estado, em Itamaraju, a estrada que dá acesso à cidade de Prado continua interditada depois que a ponte sobre o córrego do Furado, na BR-489, desabou. Em Salvador, a chuva já atingiu 193,5 milímetros desde o início do mês, bem acima da média de fevereiro que é de 122 milímetros. Em toda a orla o mar está perigoso.

No bairro do Rio Vermelho, poucos pescadores se arriscaram a entrar no mar. Já na Pituba, a ressaca derrubou as barreiras de contenção que ficam próximas às barracas de praia.

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