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Em evento realizado em Belém, no Pará, na semana passada, Cid Gomes afirmou que há “uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles” | José Cruz/Agência Brasil - ABr/José Cruz/Agência Brasil - ABr
Em evento realizado em Belém, no Pará, na semana passada, Cid Gomes afirmou que há “uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles”| Foto: José Cruz/Agência Brasil - ABr/José Cruz/Agência Brasil - ABr

Convocado para explicar declarações polêmicas sobre parlamentares, o ministro da Educação, Cid Gomes, não comparecerá à audiência na Câmara nesta quarta-feira. Em ofício enviado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, diz que Cid Gomes foi “acometido de doença que provocou sua internação no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo”, na terça-feira, e que por isso não poderia atender à convocação.

No ofício, o ministro interino diz que não há “definição a respeito da respectiva alta médica” e pede, em nome de Cid Gomes, que seja agendada nova data para que ele possa prestar os esclarecimentos solicitados pela Câmara. A nova data terá que ser agendada “em momento posterior à liberação médica para retorno de suas atividades funcionais”.

Em evento realizado em Belém, no Pará, na semana passada, Cid Gomes afirmou que há “uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles”, que querem o governo fragilizado para “achacarem mais”, como revelou o Blog do Josias.

Comissão externa

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), disse que vai propor a criação de uma comissão externa de deputados, preferencialmente médicos, para ir até o Sírio Libanês e ver, in loco, a situação do ministro Cid Gomes.

“Vamos propor a comissão externa com médico para saber a situação da doença dele, pedir um laudo dos médicos, até para que possamos programar a nova data da convocação. Se ele estiver mentindo ( sobre a doença), a Câmara tomará providências”, afirmou Picciani.

A criação da comissão externa tem que ser aprovada pelo plenário da Câmara. A convocação de Cid Gomes, um requerimento do líder do DEM, Mendonça Filho (PE), foi aprovada na semana passada pelo plenário da Casa, com o apoio de vários partidos da base aliada. Irritado com as declarações, Eduardo Cunha chegou a anunciar que não votaria projetos da área do ministro até que ele explicasse suas declarações. Houve uma reação forte de vários deputados, e alguns do PMDB chegaram a pedir a demissão do ministro por desrespeito com o Congresso. “Só resta a Cid Gomes a renúncia. O ministro da Educação está deseducando o povo no que é essencial para um país, a defesa da democracia”, afirmou Danilo Forte (PMDB-CE).

Boletim Médico

Cid Gomes diagnosticado com pneumopatia, traqueobronquite aguda (inflamação dos canais que levam o ar para dentro e para fora dos pulmões) e sinusite, segundo boletim divulgado no fim da tarde desta quarta-feira pelo Hospital Sírio-Libanês.

O ministro deu entrada no hospital às 16h30m desta terça-feira, “após ser avaliado com a piora de um quadro de febre, associada a dor muscular, cefaleia intensa, tosse e calafrios”, informa o boletim.

Depois, Cid Gomes foi submetido a exames. Ele foi medicado com antibióticos por via venosa e oral, corticosteroides e medidas fisioterápicas, de acordo com o hospital. O ministro é acompanhado pelas equipes dos médicos David Uip e Roberto Kalil Filho.

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