A cidade de Maringá, no Noroeste do Paraná, completa 60 anos hoje já com ares de metrópole. Os poucos espaços urbanos vazios na região central do município estão sendo ocupados e as cidades de Sarandi e Paiçandu já estão ligadas a Maringá. Cidade-pólo, Maringá é o centro de 16 municípios e tem hoje 325 mil habitantes.
A cidade fundada em 10 de maio de 1947, só não quer perder uma característica que a torna famosa, que é o cuidado com o meio ambiente e com suas 110 mil árvores dão o tom de verde aos bairros.
O Novo Centro, bairro em construção, é símbolo da rápida expansão do município. Hoje, aproximadamente 25 edifícios sendo levantados, que devem criar mais de 1,2 mil novos apartamentos para 5 mil pessoas, segundo estimativa do setor imobiliário. A área, atrás da antiga rodoviária, era um espaço nobre, vazio, em plena região central da cidade, ocupado pela linha férrea. Um convênio com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), orçamento de R$ 43 milhões, vai modificar a paisagem do município. O projeto tem obras em um trecho de 1,6 quilômetro, com o rebaixamento da linha férrea e a construção de sete viadutos e ruas e avenidas. A obra deve estar pronta ainda este ano.
O prefeito da cidade, Sílvio Barros (sem partido), diz acreditar que o desenvolvimento da cidade, mesmo com o crescimento rápido, está bem resolvido. "Maringá tem uma característica que é a permanência do espírito pioneiro", diz o prefeito.
O advogado Adriano Valente, 85 anos, é o ex-prefeito mais antigo que vive na cidade. Ele administrou entre 1969 a 1973 e elogia o que considera já uma metrópole. "É maravilhosa, urbanizada com muitas áreas verdes", disse. Ele foi prefeito na época da criação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), além da construção do Parque de Exposições. Valente elogia o perfil universitário que se formou na região e aponta esse como um setor fundamental para o desenvolvimento do município.
O médico Said Ferreira, 73 anos, prefeito de Maringá por duas vezes entre 1983 a 1989 e entre 1993 a 1997 diz que a cidade cresceu muito no setor imobiliário e considera importante que o futuro da cidade deva ser focado na industrialização e políticas sociais.
Para o historiador da Gerência do Patrimônio Histórico Municipal, João Laércio Lopes Leal, os cuidados com políticas públicas são fundamentais para acompanhar o rápido crescimento. "Basta cuidarmos da arborização, geração de empregos e dos novos loteamentos", diz.
Verde
O tratorista Hílton Assunção da Silveira fez 60 anos ontem, um dia antes da cidade onde mora. Ele nasceu em Mandaguari e chegou a Maringá com 19 anos para trabalhar como bóia-fria. Tem orgulho de ver como o município cresceu. "Gosto de tudo desta cidade, principalmente do verde porque eu ajudei a plantar muitas árvores", disse. O auxiliar de serviços gerais
Agamenon da Silva também completou 60 anos ontem. Saiu de Pernambuco para trabalhar nos cafezais em Mandaguaçu. Com a geada de 1975, mudou-se para Maringá no ano seguinte para trabalhar na construção civil. Ele criou quatro filhos e três netos na cidade e disse que uma das coisas que mais gosta é da Catedral Nossa Senhora da Glória.



