O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fará uma análise preliminar de dois casos suspeitos de nepotismo no Tribunal de Justiça do Paraná, para depois decidir se investigará os casos. A decisão foi tomada ontem, em reunião em Brasília. O conselheiro Altino Pedrozo dos Santos examinará os fatos divulgados pela Gazeta do Povo na sexta-feira passada, envolvendo os desembargadores Edson Luiz Vidal Pinto, que emprega a nora em seu gabinete, e José Augusto Gomes Aniceto, que dá emprego ao genro.
Vínculo
Os desembargadores parananenses alegam que o vínculo de parentesco dos dois só se estabeleceu após as nomeações e por isso não houve necessidade de demissão. Mas os casos foram levados ao CNJ pelo conselheiro Antônio Umberto de Souza Júnior, que pretendia propor a investigação. No entanto, o conselheiro Santos assumiu o caso pela experiência acumulada em casos de nepotismo. A contratação de parentes no poder público, antes de ser proibida pelo Supremo Tribunal Federal há duas semanas, já havia sido barrada no Judiciário por meio da Resolução n.º 7 do CNJ, de outubro de 2005.



