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Judiciário

CNJ cobra tribunais sobre desvio de função

Por determinação do conselho, funcionários que estão em funções indevidas terão de voltar aos postos para os quais fizeram concurso

Sede do Tribunal de Justiça do Paraná: regularização | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Sede do Tribunal de Justiça do Paraná: regularização (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)

Por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os Tribunais de Justiça de 26 estados do Brasil – incluindo o Paraná – deverão apurar e regularizar todas as situações que envolvam desvio de função de servidores. Conforme a decisão, tomada nesta semana pelo plenário do CNJ, as cortes terão de instaurar processo administrativo nas respectivas Corregedorias-Gerais de Justiça para que os funcionários desviados de suas funções retornem aos cargos de origem.

Por unanimidade, os conselheiros seguiram o voto da conselheira Deborah Ciocci, relatora dos pedidos de providência que têm o CNJ como requerente. Segundo a decisão, "o desvio de função é ato atentatório ao princípio da legalidade, pois sua configuração provoca efeitos deletérios para a administração pública, notadamente com violação dos princípios da moralidade administrativa e da eficiência. Pode, ainda, provocar enriquecimento ilícito para o Estado".

Em outubro do ano passado, a conselheira já havia pedido aos tribunais que enviassem informações complementares sobre a existência de divisão na carreira entre os servidores de 1º e 2º grau, inclusive por meio de concursos distintos. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) não apresentou informações sobre quantos funcionários do órgão seriam impactados com a decisão do CNJ.

O diretor financeiro do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Paraná (Sindijus-PR), Mario Cândido de Oliveira, explica que, recentemente, o órgão já fez a correta realocação de servidores em seus respectivos cargos. Ele, porém, não soube informar quantos funcionários foram atingidos pela medida e se ainda há pessoas nessa situação. Para ele, a decisão do CNJ é benéfica para a instituição, mas que ainda deve haver uma definição mais clara do que caracteriza o desvio de função. "Há ainda essa discussão, pois há servidores nas secretarias e foros judiciais. De um para o outro, não há como saber se há desvio", diz.

Observando a determinação do CNJ, o Sindijus disponibilizou em seu site um questionário para que os servidores ativos e aposentados para avaliação da real situação dos servidores em busca de uma solução definitiva da questão.

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