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Decisão

CNJ vê números escandalosos na Justiça Militar

Mudanças podem ocorrer por causa dos altos custos envolvidos na manutenção da pasta frente aos números poucos expressivos de situações resolvidas

Joaquim Barbosa quer otimizar a Justiça Militar. | Pedro Ladeira /STF
Joaquim Barbosa quer otimizar a Justiça Militar. (Foto: Pedro Ladeira /STF)

O presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministro Joaquim Barbosa, criou uma comissão para fazer diagnóstico sobre as atividades da Justiça Militar e propor possíveis mudanças dentro de 90 dias. As informações são da Agência Brasil.

A decisão do ministro, que também é presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), foi tomada hoje após julgamento de um processo administrativo contra dois juízes de Minas Gerais.

A Corregedoria da Justiça Militar entrou com representação contra Paulo Tadeu Rodrigues e Paulo Eduardo Andrade Reis, porque perderam o prazo para julgar 69,38% dos processos sob responsabilidade deles.

São 274 processos prescritos de um total de 392. O CNJ decidiu aplicar pena de censura aos juízes por considerar a disponibilidade remunerada uma punição dura.

A proposta de discussão das atividades da Justiça Militar foi apresentada pelo conselheiro Bruno Mendes. Ele destacou os altos custos do Superior Tribunal Militar, que recebe R$ 300 milhões por ano, tem cerca de 900 funcionários e pouco mais de 100 processos julgados por ano.

Os números foram considerados "escandalosos" pelo ministro Joaquim Barbosa na comparação com os do STF, que tem 1.135 funcionários e julga milhares de processos por ano.

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