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celso nascimento

As coligações de cada um

Praticamente definidos os três principais candidatos ao governo paranaense, iniciam-se os preparativos para a montagem das respectivas alianças partidárias – algo importante quando se considera, por exemplo, que o tempo de exposição de cada candidato no rádio e na televisão é igual à soma dos tempos que a Justiça Eleitoral definiu para cada partido, de acordo com o tamanho de sua representação no Congresso.

Claro, cada candidato tem o seu próprio partido. Osmar Dias sai pelo PDT; Orlando Pessuti pelo PMDB; e Beto Richa, se confirmada a decisão do diretório estadual do dia 22, será o representante do PSDB. Maior chance de ganhar a eleição terá aquele que, além de se comunicar bem com o eleitor, aglutinar a maior e melhor soma de forças partidárias em torno de seu projeto.

Tempo de propaganda eleitoral gratuita, portanto, é apenas um dos critérios para a formação das coligações. Alinhamento político e ideológico e interesses nacionais, além de estratégias próprias do xadrez eleitoral, são outros critérios. Formam-se alianças por coerênccia político-ideológica e programática, por tradição ou por simples oportunismo. Mas o fato é que todos já pensam nisso. E quais são as tendências de aliança em torno de cada candidato?

Osmar Dias (PDT)

Conta desde já com o compromisso do PT, o que não é pouco. Mas devem ainda se juntar ao seu grupo o PP, PSC, PR, PRB e, dependendo ainda de muitas conversações, o PPS. Assim, em princípio, Osmar já contaria com a adesão de pelo menos cinco partidos com alguma expressão, podendo chegar a seis.

Orlando Pessuti (PMDB)

Seu próprio partido, se de fato acabar por convencer-se de que deve ser fiel ao candidato que lançou, já lhe dá consistência, no mínimo para levar a eleição ao segundo turno entre Beto e Osmar. É o partido com o maior número de prefeitos e vereadores e o único presente com diretórios constituídos em todos os municípios. Deverá ainda agregar outros pequenos partidos, de pouca expressão eleitoral, mas detentores de alguns segundos a mais na propaganda gratuita.

Beto Richa (PSDB)

Além do PSB (do vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci), o prefeito busca fechar acordo com o PMDB de Requião – o que significa que teria de entrar na briga para tirar Pessuti da disputa. Não há firmeza ainda em relação a outros parceiros da última eleição, como o PPS e o DEM, que resistem à quebra do grupo que se comprometeu com Osmar Dias e ainda buscam o caminho de retorno. O PTB já teria se comprometido com Richa, mas, ao contrário do que o prefeito afirmou em Maringá, o PCdoB anunciou que não ficará com ele.

As conversações tendem a se acelerar daqui até junho, mês em que devem se realizar as convenções partidárias. Até lá, todas as definições terão sido tomadas em relação às alianças – mas os primeiros movimentos já indicam que lado tomará cada um.

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