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Confirmado: está mesmo sendo negociada grande parte do capital acionário do Terminal de Contêine­­­res do Porto de Paranaguá (TCP). Levará 49% do empreendimento quem pagar US$ 220 milhões para seus atuais controladores – um consórcio formado por empresas locais em sociedade com grupos espanhóis. Para quem vende, o negócio parece ser muito bom: recentemen­­­te, sem licitação, o grupo conseguiu autorização para expandir em 33% sua capacidade de operação (de dois para três grandes navios, simultaneamente) sem precisar investir quase nenhum tostão até agora. A ampliação tende também a custar barato, pois, segundo projeto elaborado em 2007 pelo atual presidente do TCP, Jarez Moraes e Silva, ela poderá ser feita com o aterro de uma área contígua, usando areia despejada pela draga que está em fase final de com­­­­pra pela Appa.

Um tiro no pé!

Com o pé esquerdo fraturado, mais precisamente no metatarso, o governador Roberto Requião foi pedir socorro no Centro de Reabilitação, um daqueles hospitais fantásticos que dava como prontos na campanha de 2006. Mas que coisa! O hospital não tinha o mais elementar dos equipamentos para atender a trágica ocorrência – um aparelho de raios-X em funcionamento.

Isso não é invenção da imprensa canalha. A denúncia foi feita pelo próprio governador, ontem, na "escolinha" – um gesto interpretado como um "tiro no pé". Indignado com a mancada, Requião revelou ter mandado que três secretarias dessem solução urgente para o caso. A "urgência" será atendida possivelmente em janeiro, segundo informou depois a Secretaria da Saúde.

O hospital foi inaugurado com muita festa e dado como pronto no início do ano. Entretanto, funciona apenas parcialmente, em sistema ambulatorial, por falta de equipamentos e pessoal habilitado ou suficiente. A ociosidade das instalações ronda os 90%, isto é, só 10% estariam aptos para o uso. Há quem afirme, com conhecimento de causa, que, entre outros, o hospital enfrenta também graves problemas nos sistemas de ar condicionado e de esgotos.

Em abril, na mesma "escolinha", Requião tecia loas à obra: "O centro de reabilitação do Paraná" – dizia ele – "por ser o mais moderno, porque terá os melhores equipamentos, será, sem a menor sombra de dúvida, o melhor hospital de reabilitação do Brasil".

O vexame foi parar na tribuna da Assembleia: o líder da oposição, Élio Rusch, lamentou o sofrimento do governador e o deputado Quielse Crisóstomo, sem muito sucesso, tentou justificá-lo.

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Olho vivo

Programa adulto 1

A "escolinha" terá de mudar de horário. Apresentada nas manhãs de terça-feira pela Televisão Educativa, recomenda-se que seja transmitida à noite, em horário de público adulto. Essa é uma consequência que se pode tirar da decisão da juíza federal Tani Maria Wurster que, embora tenha isentado Requião de pagar mais uma multa de R$ 250 mil por dizer o que não deve no programa, não deixou de registrar sua preocupação.

Programa adulto 2

A juíza julgava a denúncia do Ministério Público Federal de que Requião cometera crime ao fazer piadas homofóbicas e racistas na televisão. Espantada com o que leu, ela afirmou em seu despacho: "As manifestações transcritas acima (palavras do governador) são grosseiras e preconceituosas. Espera-se que as crianças paranaenses estejam aprendendo nas escolas estaduais exatamente o oposto do comportamento descrito".

Vice não

O ex-vice-governador João Elísio Ferraz de Campos (governo José Richa) confirmou ontem ter conversado com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. Mas negou que tenha se oferecido para figurar como vice do candidato que o tucanato lançar ao governo. João Elísio, que milita no DEM, esclarece que sua pretensão continua sendo a de se candidatar ao Senado.

Pesquisa

O Instituto Exacta fez pesquisa em Ponta Grossa e submeteu dois cenários. Num deles, a disputa (improvável) seria entre os irmãos senadores Alvaro e Osmar Dias. O primeiro teria 43%; o segundo, 35%. Pessuti 6%. No segundo, Osmar ganha com 41% e Beto Richa fica com 39%. Pessuti, 6%.

"Malígrina"

Continua a "vingança malígrina" de Requião contra o ex-governador Paulo Pimentel. Um relatório da Ouvidoria mantém a acusação de que Pimentel, quando presidente da Copel, seria o responsável por R$ 36 milhões de prejuízo sofrido pela Fundação Copel em aplicações no falido Banco Santos em 2004. No ano anterior, as aplicações no mesmo banco chegaram a R$ 327 milhões. Quem mandou aplicar tanto nesse banco? Os mesmos que mandaram "desaplicar"? Nesse caso, Pimentel estaria isento de culpa.

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