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Celso Nascimento

Cartas na mesa

As cartas estão na mesa e o jogo já começa a ser jogado. No domingo, o PMDB elegeu presidente do diretório curitibano o senador Roberto Re­­quião, que foi logo dizendo que seu partido tem candidato a prefeito de Curitiba em 2012. Trata-se do ex-deputado Rafael Greca.

O PSB e o PSDB ainda não precisaram anunciar oficialmente que também têm candidato – mas todas as evidências (antigas e recentes) mostram que o atual prefeito, Luciano Ducci, tentará a reeleição.

Um terceiro candidato é o ex-deputado Gustavo Fruet, que saiu na semana passada do ninho tucano e procura, agora, outro partido em que pousar e, em seguida, buscar outros que o apoiem.

Pelo PT, dois deputados, Tadeu Veneri e Rosinha, em entrevista conjunta, reafirmaram sua disposição de conseguir a indicação do partido.

Em outro arraial, o deputado federal Ratinho Jr., líder do PSC na Câmara e presidente estadual da legenda, também já se disse candidato a prefeito.

Já são, portanto, quatro os que pretendem chegar ao Palácio 29 de Março participando do pleito do ano que vem. Outros candidatos ainda aparecerão, representando partidos nanicos ora por convicção, ora para prestar serviços a alguns dos candidatos mais viáveis.

Não significa que esse quadro seja imutável. Há ainda muito tempo para que as melancias se acomodem na carroça em movimento. Por exemplo: embora negue hoje tal intenção, não é improvável que Ratinho Jr. acabe formando dupla com Gustavo Fruet, inscrevendo-se como vice de sua chapa.

Ratinho pode estar com o "gato" na mão. E valoriza essa posição. Se sair candidato a prefeito, esperar repetir o desempenho que teve na última eleição em Curitiba (dos 300 mil votos que conquistou, mais de 100 mil vieram dos bairros pobres da cidade) pode tirar votos de Ducci (melhor nas pesquisas que Gustavo nesses locais) e nada acrescentar a Gustavo, cujos eleitores se concentram nos colégios de classe média e alta.

Da mesma forma, o PT, dividido em alas, tem uma que defende candidatura própria, seja de Rosinha, seja de Veneri. Mas há outra ala – que ocupa gabinetes em Brasília – disposta a um jogo mais arrojado, que promete jogar no limbo do esquecimento o fato de ter tido Gustavo Fruet como adversário na Câmara Federal durante os oito anos do governo Lula. Este arrojo consiste em apoiar Gustavo desde já, de modo a liquidar a fatura no primeiro turno.

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