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Celso Nascimento

Clima de eleição no TJ

O Tribunal de Justiça vive outra vez intenso clima de campanha eleitoral. Nunca antes em sua história houve eleição para novos juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) através do voto direto e secreto de seus 120 desembargadores. Antes, eram "premiados" os mais antigos ou os mais entrosados com a cúpula.

Pois bem: na próxima segunda-feira, às 13h30, o Pleno se reune para escolher seis magistrados titulares e outros tantos suplentes que representarão o Judiciário estadual na corte federal eleitoral, conforme manda a Constituição. Inscreveram-se para a função pelo menos 40 candidatos, entre desembargadores e juízes de instância inferior.

O interesse é enorme. Primeiro porque o exercício da função representará um acréscimo de renda da ordem de 30% do que ganha um juiz federal pelos próximos dois anos, tempo de duração do mandato. Algo como R$ 7 mil extras todos os meses. Segundo, porque aos novos membros do TRE caberá tarefa que lhes dará grande visibilidade: será deles a incumbência de julgar os feitos relativos às eleições gerais do ano que vem.

Campanha intensa

Por isso mesmo, a campanha é intensa. Os candidatos (e pais-desembargadores de juízes candidatos) deram-se ao trabalho nos últimos dias de pedir votos por meio de cartas e e-mails aos 120 eleitores. Alguns se acreditam com mais chances graças a antigas ligações. Outros apostam na crescente tendência interna do Tribunal de Justiça de romper com os velhos hábitos corporativos que ainda imperam por lá.

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Para frente, para trás

A Assembleia Legislativa deve aprovar hoje, em segunda e última discussão, os projetos de transparência da Casa. Eles nasceram em razão do escândalo dos gafanhotos que eclodiu no ano passado: Ministério Público e Polícia Federal descobriram centenas de fantasmas contratados por deputados recebendo dos cofres da Assembleia sem trabalhar. Ou apenas fornecendo nomes e CPFs para que outros recebessem seus salários.

Mas ontem, o STF, por decisão do ministro Carlos Alberto Direito, achou por bem paralisar a investigação dos deputados denunciados de participação no esquema até que o próprio Supremo defina de quem é a competência pelo caso (da Justiça estadual ou da federal).

Ou seja: dá-se um passo à frente e outro para trás.

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Olho vivo

Santinho 1

Por alguma razão ainda não bem esclarecida, o coronel David Pancotti resolveu que seu nome precisava ficar mais conhecido. Por isso, ele agora assina em letra de forma as carteiras de habilitação de motorista emitidas pelo Detran, órgão do qual é diretor. Nunca se viu antes alguém assinar em letra de forma, embora o deputado Luiz Cláudio Romanelli, líder do governo, considere que isto seja perfeitamente normal. A nova carteira com essa estranha assinatura foi mostrada ontem na Assembleia pelo líder da oposição, deputado Élio Rusch.

Santinho 2

Há quem desconfie – e o próprio Rusch até insinuou essa hipótese – de que Pancotti quer ser candidato a algum cargo eletivo no ano que vem. Se a hipótese estiver certa, Pancotti teria transformado as carteiras de habilitação em verdadeiros santinhos de campanha. De 2008 para cá, quando sua assinatura mudou para letra de forma, o Detran emitiu nada menos de 1,3 milhão de santinhos, ou melhor, de carteiras novas ou renovadas.

Franceses aqui 1

Franceses ilustres estão em Curitiba para ver as obras da Linha Verde. São técnicos da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), instituição que financia projetos urbanos em países emergentes. O motivo da visita é aquele já adiantado por esta coluna há uma semana: o prefeito Beto Richa quer cancelar a segunda parte do empréstimo que pediu ao BID para a conclusão da Linha Verde substituindo-o por outro, da AFD.

Franceses aqui 2

A AFD é a agência que financia o alargamento e a concretagem das canaletas expressas para permitir a implantação do ônibus Ligeirão. A primeira parte, representada pela Avenida Marechal Floriano do Boqueirão ao centro da cidade, está quase pronta.

A segunda parte seria do centro ao Santa Cândida, ainda não iniciada. Como agora só se pensa no metrô, o prefeito desistiu dessa segunda parte e quer transferir o empréstimo da AFD para a Linha Verde, reservando os fundos do BID para financiar o metrô.

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