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Celso Nascimento

Datafolha: o PSDB com a faca e o queijo

O prefeito Beto Richa e o senador Alvaro Dias, ambos do PMDB, estão rigorosamente empatados na disputa pelo governo do estado em 2010, segundo a pesquisa Datafolha divulgada ontem. Nos quatro cenários em que foram colocados, eles ocupam a ponta, com larga distância em relação ao demais candidatos.

O que leva à conclusão de que os tucanos estão com a faca e o queijo para ganhar a eleição. O problema passa a ser interno do partido: a briga sobre qual dos dois deve ser o escolhido para representar o partido.

Há uma situação que certamente será devidamente sopesada pelos tucanos. Se o escolhido for Alvaro Dias, é possível que o irmão Osmar, do PDT, deva retirar sua candidatura, já que haveria um acordo entre eles de não enfrentamento direto. Segundo este mesmo acordo, seria candidato quem, nas proximidades das convenções do ano que vem, estiver melhor nas pesquisas. Se até lá prevalecer o resultado que o Datafolha colheu esta semana, é Osmar quem fica fora.

É com esta possibilidade que o candidato presidencial tucano José Serra mais sonha na vida, já que, com Osmar candidato, ganharia corpo no Paraná a candidatura de sua adversária na disputa, a ministra Dilma Roussef. É claro que a cúpula nacional do PSDB e o próprio Serra gostariam de evitar tal situação.

Por outro lado, se Osmar Dias conseguir sacramentar sua candidatura, o candidato tucano passa a ser o prefeito Beto Richa. De acordo com o Datafolha, nesse caso Beto ganharia de 39% a 31% – uma situação na verdade apertada. Por quê? Porque a pesquisa Datafolha não levou em consideração que, sendo Osmar candidato, ele passará a contar com o apoio de Lula e da máquina que será colocada para funcionar em favor de Dilma Roussef.

Não se pode desconhecer, contudo, o papel que terá o PMDB. Seu candidato, o vice Orlando Pessuti, aparece em todos os cenários com porcentual abaixo de um dígito. Isso incomoda principalmente os candidatos a deputado federal e estadual do partido que, para se eleger ou se reeleger, precisam vincular-se a candidaturas fortes. Não é por outra razão que, a despeito de decisão já tomada pela executiva estadual em favor de Pessuti, os peemedebistas estão tão divididos entre Osmar Dias ou pelo candidato que o PSDB vier a lançar.

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