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Olho vivo

Pesquisas 1

Se o candidato do PSDB fosse Alvaro Dias (o que supõe que o irmão Osmar ficaria fora da disputa), ele derrotaria Orlando Pessuti com 59% contra 10%.

Mas se fosse Beto, o principal candidato oposto será Osmar Dias. Nesse caso, as coisas ficam mais apertadas:

Beto derrotaria Osmar de 38% a 31%. Estes dados fazem parte de dois cenários apresentados pela pesquisa Vox Populi, divulgada no último sábado, sobre as eleições no Paraná.

Pesquisas 2

Quando o Vox Populi perguntou aos 1.200 entrevistados quem seria o melhor candidato do PSDB, Alvaro obteve 46% das preferências contra 35% de Richa. A pesquisa favorece amplamente Alvaro

Dias – que com certeza mostrará a Sérgio Guerra (PE), quarta-feira, os resultados positivos que obteve.

Pesquisas 3

Beto Richa, por outro lado, não precisa ir de mãos vazias. Ele se fará acompanhar de uma outra pesquisa – de um certo instituto Radar, que o mostra derrotando Osmar Dias de 45% a 37%. A pesquisa foi encomendada pelo jornal O Paraná, de Cascavel, de propriedade do deputado Alfredo Kaefer, partidário de Beto Richa.

O jornal é um dos dois de Cascavel que têm recebido anúncios publicitários pagos pela prefeitura de Curitiba sobre projetos que só atendem a população de Curitiba.

Uma reunião que se espera agora seja decisiva vai acontecer nesta quarta-feira em Brasília. O encontro foi agendado pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que, no seu gabinete, colocará outra vez face a face o prefeito Beto Richa e o senador Alvaro Dias com dois objetivos bem definidos: a) promover a conciliação entre os dois pretendentes ao governo estadual pela legenda; e b) se possível, terminar o encontro com o nome de um deles escolhido por consenso. E seja o que Deus quiser!Guerra já não aguenta a pressão que Richa faz para obter a indicação e para que ela se dê agora, bem antes da convenção de junho. A pressa se justifica: aproxima-se rapidamente a data, 3 de abril, em que ele precisará renunciar aos três anos que lhe restam de mandato. Ou, se não for o candidato, ocupar as próximas semanas para a saída honrosa – alternativa, porém, que Richa sequer longinquamente cogita.

A reunião de depois de amanhã na realidade é uma continuação da que o trio manteve na última sexta-feira em São Paulo, quando ficou mais uma vez clara a preocupação do cacique tucano com o desempenho que José Serra poderá ter no Paraná no confronto com Dilma Rousseff. Ele já não esconde que, entre Richa, Alva­ro e Osmar, estrategicamente as melhores opções seriam os dois irmãos senadores. Mas também se acha sem condições de atropelar a intransigência de Richa, temendo o esfacelamento do PSDB regional, hoje dominado pelo esquema do prefeito.

Fracassados todos os esforços de união, define-se o quadro no Paraná: Beto, Osmar e Pessuti serão os atores principais da disputa – o que não significa que todos os problemas fiquem de imediato resolvidos. Ao contrário, subsistirão outros para consumir das energias de todas as partes.

Os dois adversários mais diretos têm uma preocupação em comum: precisam ampliar suas alianças. Só o PT não basta ao senador Osmar Dias, assim como a Beto Richa não bastam os partidos menores (PP, DEM, PPS...), pendurados até agora nas cordas da indecisão. Por isso, ambos correm atrás do PMDB – não necessariamente para extinguir a candidatura majoritária de Orlando Pessuti, mas, pelo menos, para acordos nas eleições proporcionais.

A composição das respectivas chapas majoritárias passa também pela escolha da posição de vice. Para Osmar Dias, seu vice, é claro, virá das hostes do PT. Mas quem, já que Gleisi Hoffmann, que acaba de deixar a presidência do partido, já está definida para disputar uma cadeira no Senado?

Na esfera de Beto Richa existe a mesma angústia – com a diferença de que tem encontrado 500 vezes mais facilidades para obter apoios no PMDB e dentro do próprio partido. A vice, porém, confirmado Pessuti como o candidato peemedebista, estará fora de questão – embora haja deputados que ainda trabalhem para que a junção ainda ocorra e o vice de Beto seja do PMDB.

Adiantadas também estão as tratativas para que PMDB e PSDB se coliguem para as eleições de deputados estaduais e federais – providência que salvaria a pele de muitos parlamentares hoje ameaçados de ter de desocupar suas cadeiras.

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