Gleisi Hoffmann (PT) para o governo, Osmar Dias (PDT) para o Senado. Só falta escolher o candidato a vice-governador para completar a chapa que vai disputar com Beto Richa e seus aliados as eleições majoritárias de 2014. A dúvida em relação ao vice é parcial: o entendimento interno é de que será um representante do Oeste/Sudoeste do estado, mas ainda falta definir nome e partido a que deva pertencer na formação de uma aliança mais ampla.
Entre outros, o critério para a formação dessa chapa é geográfico: Gleisi se beneficiaria da aceitação de que já desfruta junto ao eleitorado de Curitiba, reforçada pelo apoio do prefeito Gustavo Fruet; e Osmar contribuiria com o prestígio que detém no interior rural, principalmente nas regiões Norte e Noroeste. Os articuladores da chapa, no entanto, não veem necessidade de pressa para escolher o vice, que, além do critério regional, deve emergir também da representatividade política e das alianças partidárias que forem fechadas.
Mas a animação é grande desde que o grupo conseguiu emplacar Gustavo Fruet na prefeitura da capital e reforçada em seguida por duas sondagens de opinião pública encomendadas pela Gazeta do Povo ao Instituto Paraná Pesquisas.
Uma delas dá ao governador Beto Richa o primeiro lugar, com 29%, das preferências do eleitorado para continuar no Palácio Iguaçu. Entretanto, a oposição vê o índice ao contrário: 71% dos demais eleitores dividem-se entre nomes da oposição, incluindo o de Gleisi Hoffmann, que apareceu em segundo lugar. A outra pesquisa que justifica a animação é a que colocou a presidente Dilma Rousseff com mais de 60% de aprovação entre os eleitores paranaenses.
Beto Richa está consciente das dificuldades que terá para enfrentar a oposição. E por isso trabalha desde outubro quando viu naufragar o sonho de manter Luciano Ducci na prefeitura de Curitiba no reforço de seu grupo político. A primeira providência foi contribuir para desalojar o senador Roberto Requião do comando do PMDB estadual e, em seu lugar, colocar o deputado Osmar Serraglio cujos baixos teores favorecem o estreitamento de compromissos dos deputados estaduais e prefeitos peemedebistas com o seu projeto reeleitoral.
A reforma secretarial que Richa vai implementar nos próximos dias segue esta linha: o PMDB deve ganhar o comando da Casa Civil, a ser provavelmente ocupada pelo experiente deputado Luiz Cláudio Romanelli. Mas não fica aí. Para compensar a perda de Curitiba, também está praticamente confirmada a escolha de Ratinho Jr. (40% dos votos na eleição de prefeito) para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano. A ideia é dar-lhe cacife para, hipoteticamente, assegurar-lhe a vaga de vice de Richa.
A composição política da equipe deverá ser reforçada também pela presença do deputado Reinhold Stephanes, do PSD, que, licenciando-se da Câmara, abrirá vaga para o suplente Marcelo Almeida (PMDB), amigo e guru de Ratinho Jr.



