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Olho Vivo

Tudo igual 1

A decisão judicial desta semana em favor do consórcio Recipar – primeiro lugar na fase de qualificação técnica – não lhe garante continuar participando da concorrência pública para a instalação da usina de lixo de Curitiba e outros 16 municípios da região metropolitana. O Recipar conseguiu derrubar apenas a liminar impetrada pela Cavo (consórcio Paraná Ambiente), mas contra ele pesa outra liminar, ainda em vigor, obtida em maio pela construtora Tibagi.

Tudo igual 2

Assim, ao contrário do que se divulgou, nada mudou ainda em relação à bilionária concorrência do lixo de Curitiba: dos seis consórcios inicialmente participantes, dois foram alijados (Recipar e Paraná Ambiental) porque a Justiça liminarmente entendeu que suas propostas não atendiam às exigências do edital, e quatro ainda estão teoricamente no páreo. Na conturbada reunião de abertura dos envelopes contendo propostas de preços, dia 7 de maio passado, a melhor foi a da construtora Tibagi, mas a prefeitura de Curitiba ainda recorre para que os dois alijados voltem à disputa.

Sem polêmica

O deputado Abelardo Lupion (DEM/PR), um dos líderes da bancada ruralista da Câmara Federal, defendeu ontem que ONGs ambientais e correntes ideológicas fiquem de fora das discussões sobre a nova lei ambiental. Segundo ele, é do Congresso a responsabilidade de debater e votar as mudanças, sem a polêmica radical patrocinada por aqueles setores.

Incólume

A crise que há mais de um mês afetou a imagem do prefeito Beto Richa, quando a reportagem da Gazeta do Povo denunciou um suposto esquema de caixa 2 na campanha de 2008, não lhe tirou a disposição de sair em férias. Passeia na Itália com a mulher Fernanda. E quem manda na cidade, agora, é o vice Luciano Ducci – que por ser vice é tão sujeito aos efeitos legais do (se houve) crime quanto o próprio Beto. No entanto, estranhamente, durante todo esse tempo, não se ouviu uma só palavra de Ducci em defesa do prefeito ou própria. Passa incólume, esperando ser o titular da prefeitura partir de abril do ano que vem.

Um documento assinado pelo diretor do hospital regional da Lapa, coronel Antônio Lemos, impõe rígida disciplina aos pacientes internados. Diz a Ordem de Serviço Interna 02/ 2008, por exemplo, que "paciente que retirar-se (sic) dos limites do hospital não será procurado, não haverá busca ativa do mesmo por nenhum setor."

Em outro item, o mesmo documento determina que "paciente que evadir-se (sic), seja qual for o motivo, automaticamente sofrerá alta por fuga ou alta por indisciplina". E completa: "Não cabe à enfermagem nem à vigilância sair dos domínios do hospital à procura de pacientes".

O hospital, segundo informou ontem a Agência Estadual de Notícias, dispõe de uma clínica de infectologia que "é referência nacional para o tratamento de tuberculose". Aliás, com o nome de Sanatório São Sebastião, era para ele que já há quase um século eram encaminhados para tratamento pacientes de tuberculose do Paraná e de outros estados.

Perigo

Estão sob essa disciplina os também internos do setor de infectologia. Assim, é bem provável, portanto, que, havendo altas disciplinares, doentes graves voltem ao convívio social ou de suas famílias – com dois perigos: a) a interrupção do tratamento não lhes garante a cura e pode levá-los à morte; e b) é grande o risco de contágio para outras pessoas com as quais tiverem contato. O contágio ocorre através da tosse, fala e espirro, durante os quais o doente elimina os bacilos, que ficam em suspensão no ar e são inalados pela pessoa próxima.

Sem nomeações

Apesar da negativa repercussão causada pelas falhas de investigação do "crime do Morro do Boi", a Secretaria de Segurança Pública não se manifestou sobre a urgente necessidade de melhorar as condições de trabalho da Polícia Científica. Faltam 400 policiais no quadro e um concurso, realizado há dois anos, cobriria metade dessa necessidade, mas nenhum dos 200 aprovados foi nomeado até agora.

Seria da Polícia Científica, desde o início da apuração do caso – em que um maníaco matou um jovem e deixou a namorada dele paraplégica, em Guaratuba, na temporada passada – a responsabilidade de tirar todas as dúvidas sobre balística, DNA das roupas encontradas, etc., para elucidar o crime. O resultado foi constrangedor: por falhas técnicas, há hoje dois autores para o mesmo crime, sendo que um deles é inocente.

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