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Celso Nascimento

Em busca de um vice

O candidato do PSC à prefeitura de Curitiba, Ratinho Jr., recém completou 31 anos de idade, mas desde os vinte e poucos vem colecionando grandes vitórias eleitorais – a última delas como recordista de votos em 2010 no pleito que o levou à Câmara Federal. Sua popularidade é tanta que todas as pesquisas feitas até agora põem-no praticamente empatado com os seus dois principais adversários, os calejados políticos Gustavo Fruet (PDT) e Luciano Ducci (PSB), este último, aliás, em pleno exercício do mandato de prefeito.

Diante de tal surpreendente desempenho, Ratinho Jr. – uma espécie de livre atirador, não vinculado a nenhuma das forças políticas tradicionais do estado – passou a ser cobiçado por todos. Ofertas para que desista da candidatura chegam-lhe quase diariamente. A última de que se tem notícia é a de que os comandantes da campanha de reeleição de Luciano Ducci teriam proposto a Ratinho que escolhesse duas secretarias de estado para indicar correligionários de seu grupo; e de que teriam garantido também, além da vice de Luciano, posições de grande peso político na futura administração.

Tais informações obrigaram Ratinho Jr. vir a público esta semana para negar peremptoriamente qualquer possibilidade de vir a aceitar ofertas da espécie. Ao contrário, assegurou com muita firmeza que vai manter sua candidatura até o fim, na esperança de chegar ao segundo turno.

É certo, porém, que ter Ratinho Jr. como vice seria mesmo o sonho de consumo de Luciano Ducci para vencer as dificuldades que vem enfrentando nesta pré-campanha. Além do apoio da máquina estadual, comandada pelo padrinho governador Beto Richa, Luciano enxerga que a companhia do popular candidato do PSC como seu vice poderia lhe garantir a possibilidade de dividir as camadas periféricas do eleitorado, onde o PT, que apoia Gustavo Fruet, tem grande penetração.

Sem Ratinho Jr. entre os concorrentes, a "briga" seria direta entre Luciano e Gustavo – situação considerada ideal pelos estrategistas do prefeito. Melhor ainda, aliás, se nem mesmo Rafael Greca disputasse e que o PMDB oficializasse aliança com ele. A estratégia – muito mais do que ganhar tempo na propaganda eleitoral gratuita – seria mesmo levar a disputa para o confronto imediato com Fruet e decidir tudo já no primeiro turno.

Enquanto Ducci se vê com dificuldades para encontrar um vice, pois não encontra nomes de expressão eleitoral no PSDB, o partido que patrocina sua candidatura, no lado de Gustavo Fruet a questão é considerada resolvida: o vice será do PT, que definirá o melhor nome até meados do mês que vem.

Sobram candidatos para o posto, mas a tendência é indicar um que combine com o perfil de Gustavo, isto é, que atenda o pressuposto de manter o apoio da classe média, da juventude e dos segmentos sociais formadores de opinião que as pesquisas já apontam como favoráveis ao candidato da frente PDT/PT/PV. A complementação desses pontos considerados positivos viria com a escolha de uma mulher, no caso a ex-vereadora e presidente municipal petista, professora Roseli Izidoro – embora não se descarte ainda a indicação do vereador Pedro Paulo, cujo eleitorado se concentra na poderosa região Sul da cidade.

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