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Há motivos para alegria?

Em menos de 24 horas, o deputado Luiz Claudio Romanelli, líder do governo na Assembleia, mudou de opinião: na terça-feira ele se declarou “decepcionado” com a intransigência do governador Beto Richa de não acatar nenhuma mudança na proposta tipo “casas Bahia” de reajuste parcelado do salário do funcionalismo. Ontem, Romanelli se dizia “alegre”.

A razão para a súbita mudança de humor do deputado foi a de ter ajudado a costurar um acordo que – embora não elimine completamente o teor “casas Bahia” – permitiria às partes hastear a bandeira da paz e, sobretudo, possibilitar o reinício das aulas – na visão otimista de Romanelli – já a partir de segunda-feira. Da parte do governo, da oposição e de representantes dos servidores os sinais captados foram positivos. Mas como nada se resolve sem que as assembleias dos trabalhadores aprovem, é possível que a decisão final e definitiva só ocorra neste fim de semana.

Do otimismo de Romanelli compartilha parcialmente o líder da oposição, deputado Tadeu Veneri (PT), que também participou das tratativas no âmbito da Assembleia Legislativa. Segundo ele, o acordo proposto e subscrito apenas pelo líder situacionista e pelo presidente do Legislativo não chega a causar prejuízos financeiros aos professores e demais servidores, nem causa dificuldades intransponíveis ao caixa do governo.

“Todos estão conscientes – diz Veneri – de que não é possível continuar esticando a corda, pois ela fatalmente irá arrebentar na parte mais fraca. Por isso, o consenso é o melhor caminho para todos, o que nos faz ver com otimismo as linhas gerais da nova proposta”.

Pela proposta, o funcionalismo receberá até dezembro 3,45% de aumento, mas terá assegurado de janeiro a dezembro de 2016 a reposição mensal e integral das perdas inflacionárias de 2015 e o “zeramento” da conta até maio de 2017, acrescido de 1% de ganho real.

1 milhão de estudantes da rede pública, sem aulas por 70 dias, transmitem seus mais sinceros agradecimentos a todos.

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