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Olho vivo

Correção 1

Leitores corrigem a nota da coluna publicada terça-feira, segundo a qual paranaenses nunca foram governadores em outros estados. Lembram de Blairo Maggi, duas vezes governador do Mato Grosso, nascido no Sudoeste do Paraná, além do parnaguara Jorge Lacerda, que governou Santa Catarina na década de 50. A intenção, na verdade, era comentar que ninguém que tenha feito carreira política no Paraná, nem sequer fora cogitado para governar outro estado – ao contrário do senador Alvaro Dias, citado para disputar os governos do Distrito Federal e do Rio de Janeiro.

Já vai tarde?

Dirigente do PSDB estadual e líder do governo na Assembleia, o deputado Ademar Traiano acordou ontem para os prejuízos que seu partido vinha sofrendo em razão das denúncias contra o vereador João Cláudio Derosso, que até junho passado era dado como candidato a vice na chapa de reeleição do prefeito Luciano Ducci. Traiano comemorou o afastamento de Derosso da presidência da Câmara, mas lamentou que o vereador não tivesse pedido sua desfiliação do PSDB há mais tempo.

Memória

Os eleitores que acompanharam os contrangedores acontecimentos da Câmara Municipal nos últimos meses; que souberam das graves acusações contra seu presidente (agora licenciado); que viram como funcionou o esquema de proteção e cumplicidade da grande maioria dos vereadores em favor de Derosso – esses eleitores definirão seus votos na próxima eleição com base nessa memória? Dentro de oito meses, a maioria dos que se omitiram na apuração dos desvios estará pedindo voto para manter a cadeira de vereador.

Lei do esporte

O governador Beto Richa anuncia que enviará à Assembleia anteprojeto para criar uma lei estadual de incentivo ao esporte. Deputados da base governista estranharam e mandaram avisar o Palácio das Araucárias que já tramita na Casa um projeto de autoria parlamentar tratando do mesmo assunto, faltando muito pouco para votação em plenário. André Bueno, Reni Pereira e Ney Leprovost são os autores do projeto.

Pela primeira vez nos últimos oito anos, as concessionárias não precisaram recorrer à Justiça para aumentar as tarifas do pedágio. Elas calcularam os índices de reajuste e propuseram a nova tabela ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Como estava tudo conforme, o aumento foi autorizado e os novos preços já estarão em vigor em todas as praças a partir do próximo dia 1.º, bem de acordo com o que preveem os contratos.

Ao longo das conturbadas relações das concessionárias com o ex-governador Roberto Requião, o procedimento era quase o mesmo. A diferença era que, calculados os novos valores, as empresas os submetiam ao governo que, invariavelmente simplesmente silenciava. Não autorizava nem desautorizava coisa alguma.

Como, porém, para ter efeito a tabela precisa da prévia aprovação do governo, as concessionárias recorriam à Justiça. Que também invariavelmente fazia o que o governo não queria fazer. Situação cômoda para Requião, que responsabilizava a Justiça pelos aumentos...

O reajuste do pedágio deste ano, anunciado ontem, que ficou em 4,53% (abaixo da inflação), não deixa dae representar o "novo jeito de governar" prometido pelo governador Beto Richa na campanha eleitoral. Boas relações com o empresariado constituíam um dos itens do novo estilo, diferente do então vigente, acusado de afugentar empresas e investimentos no estado.

Agora não. Agora, a boa vontade para com as concessionárias das rodovias encontra recíproca. Exemplo disso foi o recente acordo com a Ecocataratas, uma das seis pedageiras, para antecipar a duplicação de um trecho de 14,5 km na BR-277, no Oeste. As obras até já começaram. O que ainda não foi anunciado é a forma pela qual os usuários vão ressarcir essa boa vontade.

Outro acordo vai antecipar a construção do contorno de Campo Largo. A administradora responsável, a Rodonorte, deixará de duplicar um trecho no Norte Pioneiro e transferirá o investimento para a região metropolitana.

É certo que ainda há coisas um tanto confusas, como aquela ideia de duplicar e pedagiar a ligação Maringá-Guaíra (220 km), anunciada pelo secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, em entrevista à Gazeta do Povo. O governador Beto Richa desautorizou o irmão: disse que a informação não era verdadeira e que tudo não passava de intriga da oposição. Vá entender.

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