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Como terça-feira é dia útil, o ministro do Pla­­nejamento, Paulo Ber­­nardo, diz que infelizmente não poderá participar hoje da "escolinha de governo" para debater o PAC, conforme convite que recebeu do governador Roberto Requião, ontem, por meio do seu Twitter – a re­­de social que permite a usuários da internet enviar e receber mensagens pessoais.

O convite de Requião foi lavrado bem ao estilo que aprendeu na Socila, instituto que fez fama nas décadas de 60 e 70 (o governador era ainda bem jovem nesta época) como uma escola de boas maneiras e comportamento social civilizado. Veja o texto:

"P B venha conversar comigo na escola de governo e deixe de pilantragem na Gazeta. Ou nao encha mais o saco. Vai trabalhar. Faca algo pelo PR." (sic)

Tudo começou com a entrevista do ministro publicada nesta Gazeta. Questionado sobre os motivos de os investimentos do PAC serem menores no Paraná do que em outros estados, sem falar também que estão mais atrasadas, Paulo Bernardo foi direto ao ponto:

"Muitas pessoas me perguntam por que há menos obras do PAC no Paraná do que em outros estados. É porque há governadores que brigam e vêm aqui para Brasília discutir com os ministros e com o presidente, para obter investimentos em infraestrutura. O Paraná não tem dado tanta ênfase nesse aspecto."

A frase dispensa maiores explicações, mas, apenas para reforçar a ideia, o que o ministro disse é que se Requião se esforçasse mais o estado obteria mais recursos do PAC. O programa destinou ao Paraná R$ 18,7 bilhões até 2010 – mas o porcentual de aplicação é pequeno, principalmente se comparado à execução alcançada em outros estados.

Mesmo sem aplicar integralmente os recursos já definidos, o governo federal – explica Paulo Bernardo – já elabora o PAC-2, a ser executado pelo próximo governo, seja de que partido for. Inúmeros governadores já enviaram e brigam por seus projetos, já o Paraná...

Daqui, uma das poucas iniciativas partiu da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), que pediu para se reunir com a ministra Dilma Rousseff para "conhecer o caminho das pedras" e conseguir o máximo que o PAC-2 pode oferecer às prefeituras. A reunião dos prefeitos já será neste sábado, em São José dos Pinhais – na qual, prometem, serão obedecidas as velhas e inesquecíveis lições de bons modos da Socila.

Olho vivo

Sensus 1

A última pesquisa CNT/Sensus colocou Serra e Dilma virtualmente empatados. Enquanto o tucano cai, sobe em proporção maior a preferência do eleitorado pela petista. Em números redondos, o placar indica diferença de 5 pontos porcentuais – metade da distância que os separava em novembro, o que mostra uma tendência suficiente para assombrar o PSDB.

Sensus 2

Como a CNT/Sensus é considerada uma das sondagens de opinião mais confiáveis, é provável que os tucanos, diante dela, repensem rapidamente suas estratégias eleitorais. Já não há folga para seu candidato continuar perdendo votos. E isto pode ter consequências no Paraná. É possível, por exemplo, que a reunião programada pelo PSDB estadual para dia 8, quando esperava confirmar Beto Richa seu candidato, nem seja realizada. Ou, se for, talvez não chegue aos finalmentes desejados. É que o tucanato nacional ainda teme o efeito Osmar Dias que, ao lado de Dilma, é capaz de diminuir em calculados 1,5 milhão de votos o potencial de Serra no Paraná.

A grande mudança 1

Quem já mudou sabe o quanto isso é trabalhoso. Se a tralha que acumulou em oitos anos for maior do que cabe na casa nova, a coisa se torna ainda mais complicada. Por exemplo: é impossível levar para a do Bigorrilho o Proletário, o JG e os outros oito cavalos que habitam as estrebarias da granja. Mas pelo que se sabe esse problema já estaria resolvido: os bichos serão doados ao Regimento Coronel Dulcídio, da Polícia Militar.

A grande mudança 2

Tal decisão tem implicações na segurança pública e, involuntariamente, será talvez a grande mudança operada pela administração estadual nesse período: o sargento, os cabos e os soldados que hoje cuidam dos cavalos poderão voltar às ruas para cuidar de povo. Ainda não se sabe o que se fará da coleção de arte – agora bem maior – nem do jipe e dos carros que já não cabem na garage da antiga residência. E o que falar da coleção de armas? Dúvida: os avestruzes, patos e javalis serão servidos no jantar de despedida ou deixados aos cuidados do futuro morador?

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