Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
opinião

Unida, família reza por delação do dono da construtora Valor

Mais uma tentativa de relaxar a prisão do empreiteiro Eduardo Lopes de Souza, dono da construtora Valor, bateu na trave na última quinta-feira (19): a 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou outro pedido de habeas corpus feito pela defesa para que o cliente deixasse o complexo penitenciário de Piraquara e cumprisse prisão domiciliar, com tornozeleira.

Lopes está sob prisão preventiva desde julho do ano passado, quando o Gaeco concluiu a Operação Quadro Negro apontando desvio de R$ 20 milhões da Secretaria de Educação. Os recursos, de origem federal e estadual, estavam destinados à construção e reforma de dez escolas no Paraná, mas a Valor, embora tenha recebido a grana, não concluiu (ou sequer tirou do papel) qualquer das obras.

Além de Lopes, o filho dele, Baruque, volta à prisão após o STF ter anulado habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Edson Fachin. Outros membros da família, como a mulher Patrícia e a irmã Viviane, também tiveram preventivas decretadas.

A delação, que poderia livrar a todos do constrangimento de dividir espaços em Piraquara com José Dirceu, Marcelo Odebrecht, João Vaccari Neto e outros ilustres réus da Lava Jato, não faz parte da estratégica de defesa de Eduardo Lopes. Enquanto se mantiver calado, sem revelar mais detalhes sobre como dividia o faturamento das obras não realizadas, personagens ilustres sentir-se-ão mais protegidos.

Parte do inquérito da Quadro Negro envolve gente com prerrogativa de foro e, por isso, foi encaminhada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para oferecimento de denúncia ao Superior Tribunal de Justiça. Dentre os implicados nesta parte figuram o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano, o conselheiro Durval Amaral e seu filho Thiago, também deputado estadual. Ainda responde em liberdade (mas sem foro) o ex-diretor da Secretaria de Educação Maurício Fanini que, segundo o Gaeco, facilitava os pagamentos irregulares à construtora.

Família presa unida, unida levanta preces para que Eduardo Lopes faça logo a delação.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.