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Pode se confirmar amanhã um fato novo na pré-campanha à prefeitura de Curitiba: uma das alas do PT, a que recebe o nome de "Construindo um Novo Brasil", se reúne para discutir o cenário e, até, para lançar o nome de um candidato que até dias atrás não era cogitado – o deputado federal Angelo Vanhoni. Mais proeminente e eleitoralmente mais experiente, Vanhoni contaria com o apoio dos deputados Tadeu Veneri e Dr. Rosinha que, antes dele, puseram seus nomes na disputa pela escolha do partido.

Vanhoni já participou três vezes como candidato a prefeito da capital. Perdeu as três – duas vezes contra Cassio Taniguchi (1996 e 2000) e a última contra Beto Richa (2004). Mas suas votações foram expressivas. Em 2004, no segundo turno, somou 45% dos votos.

Vanhoni ainda não se pronunciou sobre disposição de concorrer pela quarta vez, mas o aparecimento do seu nome não fazia parte dos planos de outras forças poderosas do PT. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e os deputados federais André Vargas e Zeca Dirceu trabalham há bastante tempo no sentido de levar o partido a apoiar Gustavo Fruet, o ex-tucano prestes a se filiar em alguma legenda da esfera de Dilma Rousseff.

Patrocínio

Os patrocinadores dessa possível aliança – que implicaria em deixar o PT sem candidato próprio – apostam na chance de, participando da eleição de Gustavo em 2012, pavimentar com mais facilidade a campanha da ministra Gleisi Hoffmann ao governo do estado em 2014 em disputa direta com Beto Richa, que buscará a reeleição.

Olho vivo

Foi o ovo...

O que nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? Questão metafísica de tal gravidade divide agora as atenções do governador Beto Richa e do seu antecessor imediato, Orlando Pessuti. Ontem, Richa lançou programa de R$ 34 milhões para recapeamento asfáltico de ruas de 177 municípios do estado. Apresentou-o como novo e isento de discriminações contra prefeitos de partidos adversários.

...ou foi a galinha?

Diante da notícia, Pessuti não pestanejou: esta é uma parte da herança bendita que seu governo deixou para o sucessor, disse ele. Beto apenas teria reassinado a mesma ordem de serviço, alterando alguns números mas mantendo a mesma concepção do programa que, segundo o ex-governador, foi idealizado pela secretaria de Desenvolvimento Urbano em 2010.

Caixa 1

A juíza da 176.ª Zona Eleitoral, Luciani Ludovico, livrou o governador Beto Richa de responder por crime eleitoral no processo em que figurava como acusado de fazer caixa 2 na campanha de reeleição à prefeitura de Curitiba, em 2008. Na sentença que assinou na semana passada – e ontem publicada –, a juíza argumenta que as penas a que Richa estaria sujeito já não seriam aplicáveis: inelegibilidade e cassação do mandato (de prefeito). O vice da chapa de Beto, o atual prefeito Luciano Ducci, não teve a mesma sorte: seu nome será mantido na ação.

Caixa 2

Das penas previstas na legislação eleitoral o governador está livre, mas poderá responder na esfera criminal. É que, na mesma sentença, a juíza Luciani Ludovico aceita como prova legítima a gravação de imagens nas quais um dirigente da campanha do PSDB em de 2008 aparece distribuindo dinheiro não contabilizado para que alguns filiados do PRTB desistissem de concorrer à Câmara Municipal. Dada a natureza criminal do episódio, a magistrada entendeu que o Ministério Público deve se pronunciar para, se considerar pertinente, oferecer denúncia contra os implicados.

No voto 1

Um acordo entre as duas chapas que disputam a diretoria da Federação das Indústrias (Fiep) vai permitir que se realizem, sem demandas judiciais, as eleições marcadas para o próximo dia 3. A chapa de situação, encabeçada pelo empresário Edson Campagnolo, havia impugnado a candidatura de vários integrantes da chapa adversária, liderada pelo ex-deputado Ricardo Barros. E vice-versa – uma pendenga que teria tudo para não ser resolvida em tempo hábil.

No voto 2

Ontem à tarde, no entanto, as duas chapas decidiram cancelar as respectivas demandas. Eliminada a interveniência da Justiça, Campagnolo e Barros vão dedicar esses últimos dias de campanha para fazer o que mais interessa numa democracia: conquistar a maioria dos votos dos 99 eleitores da poderosa Fiep.

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