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Lista dos Deputados Estaduais do Paraná |
Lista dos Deputados Estaduais do Paraná| Foto:

Como adotar

1) Escolha um deputado

Essa é a parte fácil. São 54. Na página da coluna na Gazeta e no Facebook há uma lista com informações sobre eles. Informe qual foi o parlamentar adotado na página da coluna de Facebook, ou envie e-mail. Assim, outras pessoas poderão comparti­lhar informações, ou escolher outros parlamentares para a adoção.

2) Mãos à obra

- Você pode criar um blog.

- Você pode criar uma página para acompanhamento parlamentar no Facebook.

- Você pode desenvolver um aplica­tivo-web que facilite a "adoção dedeputados". (E então desenvolve­dores, quem se habilita?)

- Você pode enviar mensagens para a coluna se quiser discutir ideias de como acha melhor atuar.

3) Publique-se

Divulgue sua atuação, para que possamos juntos colaborar na fiscalização do Legislativo paranaense.

Sites úteis

- Para entender como funcionam as instituições

- Para gastos dos deputados

- Para notícias agregadas por parlamentar

- Para relembrar o porquê de adotar políticos, leia a série Diários Secretos

Sem alardes nem cerimônias convido a todos a participar da campanha "Ado­te um Deputado Estadual". O momento é propício. Na semana passada, em 8 de junho, fez um ano do ato público do Mo­­vimento "O Paraná Que Que­remos", envolvendo milhares de pessoas em 12 cidades, que foram às ruas exigir medidas moralizantes na administração da Assembleia Legisla­tiva do Paraná. Capita­neado pela seção Paraná da OAB, o ato público foi um marco na história da mobilização pública do estado, no qual decidimos tirar nossa cabeça da terra, abrirmos os olhos para o colapso que tomava conta do Legislativo e nos anunciar­mos como atores da vida pública.

Naquele momento, o Legisla­tivo paranaense vivia uma crise da qual ainda não se recuperou integralmente, após as denúncias dos Diários Secretos, publicadas pela Gazeta do Povo e pela RPC/TV. A essa altura é desnecessário lembrar que as mudanças que lentamente vão acontecendo na "Casa do Povo" foram, e continuam sendo, fruto da pressão da sociedade. É desnecessário também dizer que sempre há o risco de retrocessos. Para evitá-los, na­da mais adequado que iniciarmos um processo conjunto de fiscalização da atividade parlamentar.

A ideia de adotar parlamentares não é nova. Estudantes mineiros de gestão pública começaram neste ano um projeto de monitoramento de deputados federais em Minas Gerais (www.adoteumdeputado.com/). Criaram a figura do "padrinho", ou seja, a pessoa que se responsabiliza por acompanhar as atividades de determinado político, por "juntar" as informações que saem na imprensa, por fiscalizar os atos do deputado.

Por sorte, parte do trabalho que os mineiros vêm realizando já é realizado no Paraná. O Sistema de Monitoramento dos Eleitos pelo Estado do Paraná, mantido pela Rede de Participação Política, da Fiep, traz um banco de dados de notícias atualizado semanalmente a respeito da atuação de políticos. A Gazeta do Povo, em sua Editoria de Dados, oferece uma ferramenta que facilita a fiscalização de gastos de deputados. E, na página do Coro da Multidão, no site da Gazeta e no Facebook, está disponível a partir de hoje uma tabela com informações – gentilmente organizada pela jornalista Elisa Lopes – que facilita o contato com os parlamentares.

Ou seja, informação existe. O que falta é acompanhar de forma crítica a atividade parlamentar, fiscalizar gastos, cobrar posicionamentos claros dos parlamentares acerca da moralidade púbica e da fiscalização do Executivo, algo que hoje bastante raro. O desafio, então, é adotar um deputado para que o mandato seja exercido em sua plenitude.

Talvez você esteja se perguntando, mesmo com tantas informações disponíveis, como é possível "adotar" um deputado. Fácil. Acompanhe as propostas de lei e os posicionamentos do parlamentar na Assembleia. Verifique se o que ele declara publicamente – em plenário, em entrevistas e nas re­­des sociais – condiz com seu comportamento. Cobre dele a fiscalização do Executivo, cobre dele promessas feitas em campanha. Depois publique o resultado de suas observações num blog, no Twitter, mande carta para este jornal, para o colunista, faça co­men­tários na página da coluna no Facebook. Faça isso como parte de seu cotidiano e o risco de retrocessos na vida pública irá diminuir.

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