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Aperitivo para o que vem na campanha

O primeiro debate da campanha eleitoral foi um aperitivo para o eleitor conhecer as estratégias dos candidatos que começam a buscar o seu voto.

Barbosa Neto (PDT), cassado na última segunda-feira e com a candidatura sub judice, faz um discurso de "normalidade". Marcelo Belinati (PP) tentou escapar das polêmicas que, junto com o eleitorado, herdou do seu tio, o ex-prefeito Antonio Belinati (PP), cassado em 2000. Márcia Lopes (PT) também evitou maiores choques com os adversários, tentando fazer um discurso "programático", mesma estratégia usada por Alexandre Kireeff (PSD). Luiz Eduardo Cheida se ocupou em polemizar com Barbosa, provavelmente na tentativa de buscar o espólio eleitoral do pedetista. E por fim, Valmor Venturini (PSol), foi o franco atirador: disparou contra Barbosa, o belinatismo e o PT. Passada a cassação do ex-prefeito, a campanha está definitivamente nas ruas.

A cassação do mandato de Barbosa Neto (PDT) na última segunda-feira, a condição de candidato sub judice do pedetista e as recentes crises da cidade foram os elementos que garantiram os momentos de temperatura mais elevada no primeiro debate da campanha eleitoral, realizado ontem à noite, pela TV Tarobá. Além de Barbosa, todos os demais candidatos participaram do debate: Luiz Eduardo Cheida (PMDB), Márcia Lopes (PT), Marcelo Belinati (PP), Alexandre Kireeff (PSD) e Valmor Venturini (PSol). Barbosa virou protagonista e não fugiu das cutucadas dos adversários.

As alfinetadas mútuas começaram no segundo bloco, quando os candidatos trocaram perguntas entre si – no primeiro foram feitas perguntas de eleitores gravadas pela equipe de jornalismo da TV Tarobá. Barbosa foi sorteado para questionar Kireeff e começou se justificando: "a minha candidatura não está sub judice, não está sob recurso, a sentença do juiz diz que nossa candidatura é legal". A pergunta do pedetista foi sobre a Guarda Municipal. Outro ponto de tensão foi a pergunta de Venturini a Barbosa: "O senhor foi cassado segunda-feira. O senhor não se sente constrangido de estar aqui [no debate]?". Barbosa responde que "foi uma verdadeira farsa" o que houve na Câmara. "Fui jogado na cova dos leões."

Cheida tentou polemizar com Barbosa em vários momentos. Quando foi sorteado para questionar o candidato do PSol, escolheu o tema segurança pública e alfinetou o pedetista: "o prefeito tem que sentar com o Ministério Público, não na condição de investigado". No terceiro bloco, Cheida teve a oportunidade de um confronto direto com Barbosa. "Onde o senhor falhou na saúde?", disparou. Barbosa mordeu a isca. Disse que há 20 anos, quando Cheida foi prefeito, não havia as mesmas condições da sua gestão. E enumerou: "Ministério Público atuante", "uma imprensa que não recebia verbas de publicidade" e "uma Câmara independente". Barbosa devolveu a provocação: "há quanto tempo você não pega num estetoscópio, não põe um avental e não vai clinicar, Cheida?". O tiroteio gerou um pedido de direito de resposta, negado ao peemedebista.

Em meio às alfinetadas, houve até espaço para debates menos espinhosos como o valor do IPTU. Kireeff, que perguntou, e Cheida, que respondeu, prometeram corrigir apenas a inflação.

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