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Com novo tesoureiro, PT descarta contribuição privada

A ideia do partido é incentivar contribuições de pessoas físicas. Ex-deputado Marcio Macedo será o substituto de João Vaccari

Novo tesoureiro recebeu doação de investigada na Lava Jato. | Alexandra Martins/Câmara
Novo tesoureiro recebeu doação de investigada na Lava Jato. (Foto: Alexandra Martins/Câmara)

O Diretório Nacional do PT divulgou nesta sexta-feira (17) uma resolução política em que suspende o recebimento de doações de empresas privadas ao partido. A decisão vale imediatamente e será oficializada em junho, quando acontece o congresso do partido, na Bahia. “Ao mesmo tempo que lutamos pelo fim do financiamento empresarial, decidimos que os Diretório Nacional, estaduais e municipais não mais receberão doações de empresas privadas, devendo essa decisão ser detalhada, regulamentada e referendada pelos delegados (as) no 5.º Congresso Nacional do PT”, diz o documento oficial da sigla divulgado nesta sexta.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, explicou que no início de maio o partido lançará um programa para “estimular contribuições de pessoas físicas”.

Via e-mail e whatsapp (aplicativo de troca de mensagens), o PT vai “convidar” filiados e simpatizantes a fazer doações de R$ 15 a mil reais por mês. Quem é filiado ao partido terá de contribuir obrigatoriamente com pelo menos R$ 15 mensais. “O fato de deixar de receber doações empresariais não significa que qualquer contribuição desse tipo que recebemos tenha qualquer tipo de mácula”, disse Falcão.

Novo tesoureiro

Ao mesmo tempo em que anunciou a suspensão de doações privadas, o PT divulgou também o nome do novo tesoureiro do partido, que vai substituir João Vaccari Neto, preso na quarta-feira (15) pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

O ex-deputado Marcio Macedo (PT-SE) assumirá as contas do partido e assinará, inclusive, as prestações de contas de 2014, ao lado do presidente da legenda. “Após muitas conversas, chegou-se a um consenso. O nome de Marcio Macedo foi aprovado por unanimidade no Diretório Nacional”, explicou Falcão. “Ele aceitou encarar uma tarefa espinhosa”, completou.

A permanência de Macedo será avaliada no congresso petista, em junho, mas Falcão negou a pecha de “tesoureiro tampão”. “É tesoureiro pleno”, disse. O partido considerou indicar um nome temporário para vencer a resistência dos petistas cotados para o cargo.

O documento oficial divulgado pelo PT diz ainda que as investigações da Operação Lava Jato são fruto de uma “escalada das forças conservadoras” que tem um “propósito indisfarçável: derrotar a administração de Dilma Rousseff, revogar conquistas históricas do povo brasileiro e destruir o PT”.

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