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Foi instalada nesta quarta-feira (9) a CPI mista do Congresso Nacional que vai investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Com ampla maioria na comissão, formada por deputados e senadores, os governistas ficaram com os dois cargos-chave da investigação: presidência e relatoria.

Apesar da instalação, os trabalhos da comissão só devem começar para valer a partir do próximo ano devido ao recesso parlamentar, que começa no dia 23 de dezembro.O pedido de criação da CPI foi protocolado por integrantes da oposição ainda no mês de outubro, mas somente na semana passada os partidos fizeram suas indicações para a investigação.

O foco da comissão será o repasse de recursos que seriam feitos pelo governo federal a entidades ligadas ao MST. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirma que o governo não financia o movimento e diz que os repasses a entidades são feitos dentro da legalidade.

O domínio governista ficou manifesto na eleição do presidente da comissão. Sem forças para eleger um nome, a oposição acabou aceitando a indicação da base aliada, e o senador Almeida Lima (PMDB-SE) foi eleito para o cargo por unanimidade.

O relator também será da base aliada. O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) será o responsável por escrever as conclusões da investigação. Ele prometeu isenção. "Vou procurar ouvir todas as partes e setores envolvidos para fazer com que o relatório desta CPI seja fidedigno."

A oposição ficou com a vice-presidência da investigação. Um dos articuladores da criação da CPI mista, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ficou com a função e manifestou otimismo. A oposição espera contar com a ajuda de integrantes da base aliada ligados ao agronegócio para conseguir avançar nas investigações. "Nós vamos resgatar aqui as CPIs para que elas voltem a ter efeito", disse Lorenzoni.

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