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PSDB

Congresso tucano deve aprovar eleições primárias já para 2008

3º Congresso Nacional do partido começa com discussão sobre novo programa. Anúncio de nova direção acontece na sexta-feira

O presidente nacional do PSDB a partir de sexta-feira (23), senador Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta quinta-feira (22), na chegada ao 3º Congresso Nacional do partido, que o novo programa tucano servirá como mecanismo de atualização para aproximar o PSDB da população. "O programa leva o PSDB aos tempos de hoje. A partir dele nós vamos aproximar o povo brasileiro do PSDB", disse Guerra, que assume o posto atualmente ocupado pelo senador Tasso Jereissati (CE).

O PSDB surge com dois candidatos para disputar as eleições presidenciais de 2010: os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Uma das propostas do novo programa tucano é a realização de eleições primárias, que serão 'testadas já nas eleições municipais de 2008.

As 'prévias' serão disputadas em pequenas cidades, nas quais o PSDB tem dois pré-candidatos. "Acho uma idéia boa. Teremos a chance de testar o processo", disse o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM).

O novo programa do PSDB foge da defesa de um chamado ‘Estado mínimo’, bandeira vinculada aos movimentos conservadores dos anos 90 e, ao mesmo tempo, não adere a tese do fortalecimento do Estado a partir do inchaço da máquina pública, pensamento tradicionalmente vinculado ao socialismo e impregnado na imagem dos chamados partidos de esquerda.

Como alternativa, o PSDB concebe um Estado com "nacionalista e moderno". Na abertura do evento, Jereissati fez um duro ataque a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, focado na partidarização de estatais e órgão públicos de função técnica. "As diretorias da Petrobrás estão sendo loteadas entre os partidos. O que é a Petrobrás hoje? Uma colcha de retalhos de vários partidos, o principal deles o PT. Resultado: está aí o gás se acabando. E, a cada dia, a Petrobrás é alvo de escândalos de corrupção", disse o atual presidente.

Privatizações

O PSDB assume no novo programa a defesa de uma das principais armas utilizadas pela campanha de Lula à reeleição no segundo turno contra Geraldo Alckmin: as privatizações.

O processo de abertura de mercado e de venda das empresas públicas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) são defendidos no texto, que será finalizado após os debates desta quinta-feira e será aprovado na sexta. "O partido não tem problemas com sua trajetória. Ao contrário, tem muito mais créditos do que débitos com a história", afirma o ex-presidente Fernando Henrique, em entrevista à publicação tucana, distribuída aos participantes do evento.

O novo programa do PSDB faz uma ampla defesa do governo FHC, com enfoque na continuidade, com ‘nova roupagem’ de diversos programas tucanos no governo petista. Um dos exemplos, conforme a legenda, é a ‘apropriação’ de programas como o Bolsa-Escola e o Vale-Gás, incorporados em um único cadastro e transformado no Bolsa-Família, cartão postal do governo Lula.

Os tucanos ainda trabalham para emplacar o sistema de voto distrital para as eleições de deputados e vereadores, que inviabiliza as disputas entre candidatos do mesmo partido na mesma região. O atual sistema brasileiro é o do voto proporcional.

Programação

O 3º Congresso do PSDB começa com as palestras da atual direção, apresentação comandada por Tasso Jereissati. Na seqüência, serão feitos debates temáticos para a discussão do novo programa, dividido em 14 tópicos. A última atividade do dia será a apresentação do painel com o presidente de honra do partido, Fernando Henrique Cardoso, e os governadores tucanos, entre eles, José Serra (SP), e Aécio Neves (MG).

Na sexta-feira, o PSDB realiza a convenção nacional para eleger a nova direção, que terá Sérgio Guerra como presidente, com 177 integrantes efetivos e 59 suplentes. Podem votar na eleição 1,2 mil convencionais.

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