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Brasil - Navalha

Conselho de Ética vive impasse e adia reunião

Sibá alega que não pode reunir órgão sem relator definido

Um dia depois de adiar a votação do relatório sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o Conselho de Ética ainda não decidiu os procedimentos da nova fase de investigação, nem o nome do novo relator sobre o caso. A reunião marcada para a manhã desta quinta-feira (21), por exemplo, foi adiada.

Em nota, o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), informou que, sem relator, não tem como reunir o órgão para discutir o caso de Renan, acusado de receber ajuda de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos.

Dois relatores chegaram a assumir o processo, mas pediram para sair. O primeiro foi Epitácio Cafeteira (PTB-MA), autor do relatório que pede o arquivamento do processo, que pediu licença por motivos de saúde. Na noite de terça (19), Sibá indicou Wellington Salgado (PMDB-MG), aliado de Renan, que anunciou a desistência na reunião de quarta que adiou a votação do relatório.

Agora, Sibá busca um nome para a relatoria. Ele admite dificuldades porque está difícil encontrar algum senador que aceite a tarefa. Especula-se, por exemplo, que o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), pudesse ficar com essa missão. Senadores da oposição, no entanto, avisam que não aceitarão que o líder do partido do próprio Renan fique com a função. "Precisamos de um relator comprometido com a sua função", disse o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

A votação do relatório foi adiada na quarta por dois motivos: continuar a perícia em cima dos documentos apresentados por Renan e ouvir o próprio senador. A reunião marcada para esta manhã discutiria esses assuntos.

Integrante do conselho, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) nega que esse impasse ajude o próprio Renan. "O tempo não é aliado de Renan. A informação que é sua aliada", disse. "Não dá para ter reunião sem relator porque é a função oficial dele de conduzir a investigação", afirmou.

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