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Convite a secretário causa primeiro embate na Alep

Requerimento do PT convidando Pepe Richa para esclarecer denúncia veiculada em revista foi rejeitado e criticado por governistas

Tadeu Veneri: autor do convite | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Tadeu Veneri: autor do convite (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Com poucos projetos em pauta, um requerimento foi ontem o centro das discussões na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na primeira sessão com votações do ano. A bancada do PT propôs convidar o secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, para prestar esclarecimentos sobre denúncias veiculadas na revista IstoÉ. Na reportagem, o secretário foi acusado pela empresária Ana Cristina Aquino de receber uma propina de R$ 500 mil.

O pedido foi rejeitado pela maioria governista, que o considerou uma manobra eleitoreira e classificou as acusações como levianas. Líder do governo na Assembleia, Ademar Traiano (PSDB) desqualificou as denúncias e orientou a bancada a rejeitar o pedido. "A denúncia não merece credibilidade, pois foi feita por uma pessoa envolvida em escândalos do governo federal. Além disso, o Ministério Público já está tomando as devidas providências para a apuração [das denúncias]", disse.

Outros deputados da bancada também se manifestaram contrários. O deputado Ney Leprevost (PSD) disse, em plenário, que o depoimento serviria para "encher a galeria de defensores de mensaleiros" para difamar o secretário.

Tadeu Veneri (PT), líder da bancada petista, negou que o convite tenha caráter eleitoreiro e disse que não faz qualquer pré-julgamento do secretário. "Se algum ministro do governo federal fosse acusado de receber dinheiro de um lobista, o Congresso Nacional pararia e exigira uma explicação – até porque é essa sua função. Aqui no Paraná, parece que vivemos em um mundo a parte", afirmou.

O caso

A revista IstoÉ publicou uma reportagem na qual Ana Cristina afirma ter pago R$ 500 mil ao secretário para que ele intermediasse um negócio entre sua empresa, a AG Log, e a Renault. Não foram apresentadas comprovações deste suposto pagamento.

Citados na matéria, Pepe Richa e o secretário de representação em Brasília, Amaury Escudero, disseram não conhecer a empresária e que vão processar ela e a revista. Pepe atribuiu a acusação a "interesses políticos e eleitoreiros". O advogado João Graça também negou as acusações e afirmou que irá à Justiça. Já a Renault negou que a AG Log prestasse serviços para a montadora.

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