
A decisão da Copel de participar do leilão de concessão de rodovias federais só deve sair na segunda-feira. A empresa aguarda a conclusão dos estudos de viabilidade do empreendimento, o que deve ocorrer até domingo, para decidir se forma um consórcio para apresentar uma proposta no leilão, marcado para 9 de outubro.
Se vier a participar do leilão, o consórcio liderado pela Copel precisa entregar a documentação exigida pelo edital até quinta-feira, dia 4. O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, disse que além da Federação das Empresas de Transporte de Cargas de Santa Catarina (Fetrancesc) e da Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), outras duas empresas devem compor o consórcio. Os nomes dessas companhias não foram divulgados, o que só ocorrerá, segundo a assessoria da estatal, caso os estudos indiquem a viabilidade para participar do leilão.
O governo do estado conseguiu autorização da Assembléia Legislativa para participar do leilão, através da Copel, na segunda-feira passada. Durante a reunião dos secretários de governo da última terça-feira, na condição de representante do grupo de investidores privados, a Fetrancesc apresentou um estudo do edital do leilão, apontando indícios de irregularidades e ausência de informações sobre obras e investimentos.
O presidente da entidade, Pedro Lopes, chegou a levantar a suspeita de que o edital teria sido feito para favorecer algumas empresas do ramo de concessão de rodovias. A Fetrancesc entrou com uma denúncia contra o edital, nesta semana, no Ministério Público Federal.
O secretário de Transportes, Rogério Tizzot, esteve em Brasília na quarta-feira distribuindo cópias da apresentação que Lopes fez na reunião do secretariado. Tizzot reuniu-se com membros do Ministério dos Transportes e da Procuradoria-Geral da República.
Custo pedágio
A Agência Estadual de Notícias divulgou ontem a informação de que o custo do pedágio entre Foz do Iguaçu e o Porto de Paranaguá torna o preço do milho 8,28% mais caro. O pedágio também encarece o calcário, representando 40,60% do valor, quando é transportado de Almirante Tamandaré a Cascavel. Segundo a Agência, esses dados foram apresentados pelo o superintendente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, na reunião da comissão especial de investigação do Pedágio, da Assembléia Legislativa.
Segundo Costa, o setor agropecuário seria o mais penalizado pelo pedágio porque o valor específico dos produtos é baixo, se comparado com o setor industrial. Ele afirmou também que em cinco percursos analisados de Maringá, Cascavel, Campo Mourão, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu até Paranaguá o pedágio causa um impacto no frete entre 18% e 23,15%.



