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Corrupção na Petrobras é descomunal, diz Janot

Em campanha para seguir no cargo, procurador-geral da República cobra independência na investigação

Rodrigo Janot busca se reeleger para o cargo de procurador-geral da República. | Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Rodrigo Janot busca se reeleger para o cargo de procurador-geral da República. (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, saiu em defesa nesta segunda-feira (29) de sua gestão no comando do Ministério Público e sustentou que fez alterações estruturais que permitiram ao órgão atuar com “profissionalismo” e “maturidade” para investigar o esquema de corrupção da Petrobras.

Janot classificou os desvios na estatal, que envolvem políticos e as maiores empreiteiras do país, de “descomunal caso de corrupção” e afirmou que o Ministério Público precisa ter maior independência investigativa em relação à Polícia Federal.

As declarações foram dadas durante debate promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República com os quatro candidatos ao cargo de procurador-geral da República.

Janot concorre a indicação dos colegas para permanecer no comando da instituição por mais dois anos – seu mandato termina em setembro. Os procuradores votam uma lista tríplice que é encaminhada à Presidência da República, responsável por definir o ocupante do cargo.

“Quando nos deparamos com este enorme, descomunal caso de corrupção, a instituição não era a mesma de há dois anos. As mudanças estruturais realizadas nos permitiram enfrentar a questão com profissionalismo e maturidade”, afirmou.

Ao fazer um balanço de sua gestão, o procurador-geral destacou questões administrativas, como mudanças em seu gabinete – incluindo mais procuradores em sua assessoria –, ressaltou a aprovação de projetos com criação de cargos no Congresso, que chamou de “significativas vitórias legislativas”, além de enumerar ações para o combate à corrupção.

Janot afirmou que merece permanecer no cargo por não vender ilusões nem fórmulas mágicas. “Não foi e não está sendo fácil. Preciso aprimorar o que foi feito e corrigir equívocos da caminhada. (...) Estou pronto para seguir no desafio com o mesmo brilho nos olhos. Sem fórmulas mágicas e sem vender ilusões, peço seu apoio e seu voto”, afirmou.

O procurador-geral também incluiu em seu discurso referência à histórica divergência entre o MP e a Polícia Federal sobre poder de investigação, que inclusive chegaram a suspender a tomada de depoimentos da Lava Jato diante da briga pela condução dos rumos da investigação.

Janot disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o poder de investigação do MP e que, agora, cabe à instituição desenvolver suas práticas e modelo.

“Nós temos agora a responsabilidade de criar um modelo para que possamos desenvolver com profissionalismo e objetivo nosso mister. O que foi feito até agora é uma atuação preponderante de crimes financeiro e combate a corrupção. Temos que trabalhar com maior independência investigatória no que se refere à Polícia Federal.”

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