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O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), afirmou que, como foi dito pela nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann ela cuidará exclusivamente de questões relacionadas a projetos e à gestão do governo. "A ministra Gleisi deixou claro que não será o papel dela a articulação política, ela vai ficar única e exclusivamente com o trabalho de gestão. Na prática ela vai ser a Dilma da Dilma", disse Costa.

O líder não soube adiantar se a presidente vai designar um novo articulador político. "Nós temos o ministro Luiz Sérgio (de Relações Institucionais) que hoje desempenha este papel. É possível que ela vá concentrar as articulações com o Congresso e as articulações também de um modo geral", afirmou.

Costa lamentou a saída do ministro Antonio Palocci. "Sem dúvida o ministro Palocci cumpria papel fundamental no governo, o pior é que (sai) no momento é que ele consegue provar que tudo o que está sendo dito é ilação, até porque o procurador-geral da República tratou de eximi-lo de responsabilidade. Mas infelizmente a política é assim". Costa disse que não responderia à indagação sobre se Palocci foi injustiçado. "Não vou responder a isso. A pergunta não deve ser feita a mim", afirmou.

O deputado estadual e presidente do PT no Rio Grande do Sul, Raul Pont, considerou o afastamento do ministro-chefe da Casa Civil como "medida acertada", ao falar sobre a primeira baixa da equipe da presidente Dilma.

"A posição da Procuradoria-Geral da República, que não encontrou ilegalidades ao analisar as denúncias (contra Palocci), livrava o ministro da abertura de um processo, mas não do empenho da oposição de buscar um enfrentamento político", avaliou Pont.

Sindicalismo

A Força Sindical afirmou, em nota divulgada na noite desta terça-feira(7), que o afastamento de Palocci da chefia da Casa Civil "só trará benefícios para o Brasil". De acordo com a entidade, o aprofundamento das denúncias contra o petista - que teve a evolução de seu patrimônio colocado em suspeita e que, conforme denúncia da revista Veja, aluga um apartamento em São Paulo que está registrado em nome de um laranja - paralisava as ações do governo Dilma, "contaminando o embate político e prejudicando o País". "Com o afastamento do ministro Palocci, ganham o Brasil e a democracia", afirma o comunicado.

Na nota, o presidente da Força, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, afirma que Palocci deixou o cargo no momento certo, aproveitando o arquivamento, decidido hoje pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel, das representações de partidos de oposição por investigações contra o agora ex-ministro. "A permanência de Palocci prejudicava sua defesa e o governo. Queremos reiterar o apoio da Força Sindical ao governo Dilma na sua agenda de combater a miséria, fortalecer a democracia e a justiça social". Colaboraram Elder Ogliari e Wladimir D'Andrade.

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