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A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com autoridades e empresas aprovou a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico da construtora Delta no país. Antes, a CPI havia aprovado a quebra dos sigilos apenas nos estados da região Centro-Oeste.

Na votação, o PT e o PMDB racharam. Petistas apoiaram a votação, enquanto o PMDB foi contra. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) também acompanhou o PMDB e deu voto contrário.

A reunião da CPI foi encerrada em seguida e a votação dos pedidos de convocação dos governadores de Goiás Marconi Perillo (PMDB), do distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) foram adiadas.

Uma questão de ordem apresentada pelo deputado Gladson Cameli (PP-AC), que questionou o poder da CPI para convocar governadores, promoveu o adiamento, já que o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que só esclarecerá a dúvida na próxima reunião, marcada para quarta-feira.

Perillo, que é do PSDB, e Queiroz, filiado ao PT, são citados nas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, que servem de matéria-prima para a CPI.

Já Cabral, que é do PMDB, é amigo pessoal do ex-presidente da construtora Delta Fernando Cavendish. A empreiteira é acusada de ter Cachoeira como sócio oculto e há suspeitas de que ela seria usada para lavar dinheiro que o empresário obteria com jogos ilícitos.

Desde o começo dos trabalhos da comissão, há mais de um mês, há pressão para convocar Perillo, Queiroz e Cabral, mas os partidos a que pertencem têm resistido a colocar os requerimentos em votação.

Cachoeira está preso desde fevereiro deste ano, acusado de comandar uma rede que explorava jogos ilegais.

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