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A Justiça americana autorizou, a pedido da Promotoria de Nova York, o acesso da CPI dos Correios aos documentos das transações bancárias do publicitário Duda Mendonça nos Estados Unidos. Serão compartilhadas com a CPI provas já remetidas ao Ministério da Justiça em novembro de 2005, nos termos do acordo de cooperação em matéria penal entre o Brasil e os Estados Unidos.

Segundo o Ministério da Justiça, os parlamentares já podem ter acesso aos documentos a partir de agora. Os papéis estão na Polícia Federal, no Ministério Público e no Departamento de Recuperação de Ativos. Pelas informações do ministério, a autorização está restrita ao grupo de parlamentares que faz parte da cúpula da CPI.

O Departamento de Justiça dos EUA destacou dois procuradores para investigar as contas que o publicitário e pessoas ligadas a ele mantêm no país, possivelmente com recursos de caixa dois de campanhas eleitorais. Em janeiro, representants da CPI dos Correios foram aos Estados Unidos em busca de mais dados sobre as contas de Duda. "

Em depoimento na CPI dos Correios, em agosto do ano passado, Duda admitiu ter recebido pagamentos feitos pelo trabalho em campanhas petistas, inclusive a do presidente Lula, em 2002, através da conta Dusseldorf. Ele não reconhece outras contas e disse recentement ser uma "vítima política" em ano eleitoral. Um novo depoimento de Duda à CPI deverá acontecer em breve.

Em nota divulgada no início da noite desta quinta-feira, o Ministério da Justiça diz que a decisão representa um importante avanço na compreensão do papel constitucional das comissões parlamentares de inquérito. Com a decisão, a cúpula da CPI terá acesso aos documentos das transações bancárias do publicitário Duda Mendonça nos Estados Unidos.

"A decisão é resultado das negociações conduzidas por representantes da CPMI dos Correios e pelos Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, que empreenderam sucessivos esforços nesse sentido, incluindo recente missão aos Estados Unidos. Em conformidade com resolução aprovada pela CPMI, os parlamentares designados terão acesso aos documentos no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça. A decisão representa importante avanço na compreensão do papel constitucional das comissões parlamentares de inquérito e marca uma evolução na cooperação entre os dois países para o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro", diz a nota.

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