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Após reunir-se com representantes do Banco Rural, o presidente da CPI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), anunciou há pouco que na próxima semana concluírá o levantamento da origem e do destino do dinheiro que passou pelas contas do empresário Marcos Valério.

O parlamentar disse que entendeu os argumentos apresentados pelo banco para justificar o atraso no envio dos documentos e atribuiu eventuais problemas na comunicação entre a instituição e a CPI a "conceitos diferentes sobre a quebra de sigilo". O Banco Rural colocou dois técnicos e um representante institucional à disposição da comissão para ajudar na análise dos documentos.

Delcidio Amaral também se reuniu nesta quarta-feira com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Eles acertaram que, após a conclusão das investigações da CPI, o BC vai ceder alguns de seus técnicos para ajudar a comissão a elaborar sugestões de melhoria no funcionamento do sistema financeiro.

O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias representou o Banco Rural na reunião com a CPI. Ele garantiu que houve transparência no encaminhamento dos documentos e afirmou que eventuais problemas ocorreram por conta do grande volume de papéis, que chegam a 25 mil e, antes da comissão, passaram pela Justiça Federal em Minas Gerais e pelo Supremo Tribunal Federal.

Dias disse que o Banco Rural tem agido de acordo com a legislação, informando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de todos os saques acima de R$ 100 mil. Segundo ele, o banco vai continuar prestando todos os esclarecimentos necessários à CPI, "doa a quem doer".

O advogado admitiu que existe uma preocupação no banco quanto aos efeitos das denúncias para a imagem da instituição. Em uma avaliação inicial, porém, ele disse que não encontrou nenhuma irregularidade nas operações e garantiu que não há perda de clientes.

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