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Lava jato

CPI da Petrobras recebe pedidos para convocar quatro políticos paranaenses

Paulo Bernardo e Gleisi foram citados na delação premiada de ex-diretor da estatal. Já o depoimento do laranja de Youssef levou à convocação de Alvaro e Hauly

Sessão da CPI:  parlamentares também querem ouvir tesoureiros do PT e do PSDB, ex-diretor da Petrobras, ex-ministro e Aécio | Jefferson Rudy/Agência Senado
Sessão da CPI: parlamentares também querem ouvir tesoureiros do PT e do PSDB, ex-diretor da Petrobras, ex-ministro e Aécio (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Gleisi: denúncia de que recebeu R$ 1 milhão ; Paulo Bernardo: marido de Gleisi é citado ; Hauly: convocado por ser de Londrina ; Alvaro Dias: outro

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Gleisi: denúncia de que recebeu R$ 1 milhão ; Paulo Bernardo: marido de Gleisi é citado ; Hauly: convocado por ser de Londrina ; Alvaro Dias: outro

Governo e oposição travaram ontem uma batalha de requerimentos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI mista) da Petrobras. Onze pedidos de convocação foram protocolados, mas nenhum foi votado, por falta de quórum. As propostas incluem quatro paranaenses – dois do PT, a senadora Gleisi Hoffmann e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo; e dois do PSDB, o senador Alvaro Dias e o deputado federal Luiz Carlos Hauly.

INFOGRÁFICO: Veja quem é quem no esquema da Petrobas

Gleisi foi alvo de dois requerimentos, um do deputado paulista Carlos Sampaio (PSDB) e outro do paranaense Fernando Francischini (SDD). Sampaio também foi autor do pedido para ouvir Paulo Bernardo, marido da senadora. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ao Ministério Público Federal que o esquema de corrupção na estatal destinou R$ 1 milhão para campanha da petista ao Senado, em 2010. E citou o nome de Bernardo.

Gleisi e o ministro negam qualquer contato com Costa ou Youssef. Em nota sobre o assunto, ela disse que estuda processar o jornal e que "é vítima, pelo cargo que ocupou [ministra da Casa Civil], de um leviano denuncismo de dois réus confessos". Gleisi também disse à Gazeta do Povo que Francischini tem "valentia seletiva", por não querer convocar parlamentares aliados citados nas investigações.

Já o deputado Afonso Flo­­rence (PT-BA) apresentou os requerimentos para ouvir Alvaro e Hauly. Em depoimento prestado na segunda-feira à Polícia Federal, o empresário Leonardo Meirelles, laranja do doleiro Alberto Youssef na Labogen (laboratório que tinha contratos no governo), disse que Youssef tinha contato com o ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, e também com outro tucano descrito como "padrinho político do passado" e "conterrâneo" de Youssef, que é de Londrina, assim como Alvaro e Hauly. "Só faz sentido se essa convocação for para denunciar a corrupção da Petrobras, algo que venho fazendo desde 2009. Os requerimentos são uma manobra puramente eleitoreira", disse Alvaro. "É um factoide, uma prova cabal de que o PT está desesperado e sabe que vai perder a eleição", afirmou Hauly. Florence também solicitou a convocação do candidato Aécio Neves; do tesoureiro do PSDB, Rodrigo de Castro; do tesoureiro da campanha presidencial do PSDB em 2010, José Gregori; do ex-diretor de serviços da Petrobras Renato de Souza Duque; e do ex-ministro de Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (filiado ao PSB). Por último, Florence pediu para ouvir o tesoureiro do PT, José Vaccari Neto.

Doleiro Youssef nega ter negócios com o PSDB, afirma advogado

Estadão Conteúdo

A defesa de Alberto Youssef informou que vai pedir à Justiça Federal a impugnação do depoimento de Leonardo Meirelles, apontado como laranja do doleiro. Na segunda-feira, Meirelles disse à Justiça que o doleiro mantinha negócios com o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra e tinha contato com outro tucano "conterrâneo" do doleiro, que é de Londrina. "Meu cliente afirma peremptoriamente que nunca falou com Sérgio Guerra, nunca teve negócio com ele e nunca trabalhou para o PSDB", afirmou o advogado do doleiro, Antônio Figueiredo Basto. Ele disse que pedirá a impugnação do depoimento de Meirelles e uma acareação entre os dois.

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