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Congresso

CPIs da Petrobras serão prorrogadas em um mês

No Senado, foi protocolado junto à Mesa da casa nesta sexta-feira requerimento para que as investigações continuem até 22 de dezembro

Integrantes da CPMI da Petrobras. Sentados da esquerda para direita o vice-presidente da CPMI, senador Gim (PDT-DF), o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS) | Jefferson Rudy / Agência Senado
Integrantes da CPMI da Petrobras. Sentados da esquerda para direita o vice-presidente da CPMI, senador Gim (PDT-DF), o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS) (Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado)

As duas comissões parlamentares de inquérito instaladas no Congresso para investigar irregularidades na Petrobras terão seus trabalhos prorrogados até o final do ano legislativo. No Senado, foi protocolado junto à Mesa da casa nesta sexta-feira (7) requerimento para que as investigações continuem até 22 de dezembro, último dia antes do recesso parlamentar. Originalmente, os trabalhos iriam até o dia 9 deste mês. O documento já foi assinado por 30 dos 81 senadores, mas o prazo para a coleta de assinaturas só termina à meia-noite dessa sexta.

A CPI Mista também deve estender suas atividades, que expirariam no próximo dia 23, para o final do ano legislativo. No entanto, nenhum requerimento de prorrogação foi protocolado na Mesa do Congresso até o momento. O número mínimo de assinaturas já foi alcançado (21 senadores e 171 deputados).

Os trabalhos da CPI Mista voltam na terça-feira (11) quando a comissão receberá para esclarecimentos o gerente de Contratos da Petrobras, Edmar Diniz Figueiredo. A CPI do Senado ainda não divulgou as datas dos próximos encontros.

A CPI da Petrobras do Senado é realizada paralelamente à Comissão Parlamentar Mista da Petrobras, que investiga as mesmas denúncias, mas é composta por deputados e senadores conjuntamente. No entanto, enquanto os membros da comissão mista se reuniram ao longo de todo o recesso branco para ouvir depoentes e votar requerimentos, a CPI do Senado ficou parada desde julho e ainda não retomou os trabalhos depois da eleição.

Na quarta-feira (5), um "acordão" firmado pelo PT e PSDB na CPI mista da Petrobras gerou uma crise no PSDB. O objetivo dos integrantes da comissão foi blindar os políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na estatal. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do partido, se irritou com o aval de membros do PSDB ao acordo firmado com aliados da presidente Dilma Rousseff.

Objetivo

As duas comissões investigam denúncias de que empreiteiras que têm contratos com a estatal pagavam propina a diretores da empresa e a partidos políticos. A investigação começou após a operação Lava Jato da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná. A Lava Jato foi deflagrada em março deste ano e é resultado de oito anos de investigações sobre crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em que existe a suspeita de que quadrilha teria movimentado R$ 10 bilhões ilegalmente.

Dois personagens centrais da investigação - o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef - firmaram acordo de delação premiada. Youssef

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