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Contra a parede

CPMI vai mandar questionário a Roberto Gurgel

Parlamentares querem saber, por escrito, por que o procurador não levou adiante investigação contra Cachoeira em 2009

Parlamentares da CPMI decidiram mandar perguntas por escrito, mas ainda não descartam convocação | José Cruz/ABr
Parlamentares da CPMI decidiram mandar perguntas por escrito, mas ainda não descartam convocação (Foto: José Cruz/ABr)

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, terá de se explicar por escrito à CPMI que investiga os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira. A comissão aprovou ontem requerimento pedindo esclarecimentos sobre a decisão de não levar adiante em 2009 a Operação Vegas, conduzida pela Polícia Federal (PF). Na época, a operação já havia apontado a relação do bicheiro com alguns parlamentares, como o senador goiano Demóstenes Torres. Foi estipulado um prazo de cinco dias úteis para que Gurgel possa se explicar.

Ele e a subprocuradora Cláudia Sampaio, que é sua mulher, apresentaram versões diferentes à sustentada pela Polícia Federal. Na semana passada, o delegado Raul Alexandre Marques Souza, responsável pela operação, afirmou à CPMI que entregou o relatório à subprocuradora. Segundo ele, Cláudia Sampaio disse que as provas contra os parlamentares não eram suficientes, mas prometeu devolver o caso para a primeira instância, o que não ocorreu. Já a subprocuradora informou, por meio da assessoria, que queria arquivar o caso em 2009, mas o delegado teria pedido para esperar um pouco para não atrapalhar outras investigações.

São cinco as perguntas que os parlamentares fazem ao procurador-geral. Eles indagam que providências a procuradoria tomou quando recebeu o relatório, mas não questionam diretamente por que Gurgel decidiu abrir inquérito contra parlamentares apenas este ano, depois que a PF deflagrou outra operação, a Monte Carlo.

O requerimento foi apresentado pelo relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), a partir de requerimentos apresentados pelos deputados Luiz Pitiman (PMDB-DF), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Fernando Francischini (PSDB-PR).

A maioria dos parlamentares, entretanto, se posicionou de forma contrária à convocação dele no momento. "Não estamos investigando a conduta de qualquer membro do MInistéiro Público Federal. Nós estamos investigando a organização criminosa criada por Carlos Cachoeira", disse Cunha.

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