Uma criança de 16 meses morreu depois de ser esquecida no carro pelo pai, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Na delegacia, o pai contou que deixou a mulher no trabalho, pela manhã, voltou para casa e dormiu. Ele disse que só se deu conta que a criança estava no carro cinco horas depois. O pai vai responder por homicídio culposo, sem intenção de matar. Ele pagou fiança de R$ 300 e foi liberado.
O pai foi identificado como Ricardo Cesar Garcia, de 31 anos, e é biólogo. Ele contou aos policiais qe nesta quinta-feira entrou em sua primeiro dia de férias e sua rotina mudou. Em vez de levar a criança para uma creche, ele foi para o trabalho da mulher. Voltou para casa, parou o veículo na garagem, subiu até o apartamento do casal e teve uma espécie de 'mal súbito' e dormiu. Por volta de 12h, ele acordou e ligou para a mulher que perguntou se ele havia deixado o bebê na casa de um parente.
Foi quando ele, desesperado, correu até o carro e encontrou a criança desacordada. Ele levou o menino para o hospital, mas a criança já chegou com uma parada cardiorespiratória. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas o menino - identificado como Gustavo - morreu logo em seguida.
Um caso semelhante aconteceu no dia dia 13 de abril do ano passado. Um bebê de 1 ano e 3 meses ficou mais de cinco horas preso na cadeirinha do veículo da família, em São Paulo, e morreu com queimaduras de primeiro e segundo graus pelo corpo.
O pai, Carlos Alberto, disse que esqueceu a criança porque inverteu a rotina no dia da morte do filho, André. Ao contrário do que fazia normalmente, ele levou primeiro a mulher até o Metrô para ir ao trabalho - uma academia de ginástica - e depois deixou a filha mais velha, de 9 anos, na escola. O filho, que seria deixado em seguida no berçário, acabou sendo esquecido no carro, em frente a academia onde Carlos Alberto trabalhava, em Santana.
Os vidros do veículo tinham película escura e isso dificultou a percepção do garoto no interior do carro - tanto para o pai como para pedestres que passavam pelo local onde o carro estava estacionado. A criança chegou a ser levada para o Pronto Socorro do Hospital Voluntários, mas já chegou morta. No dia, fazia muito sol em São Paulo. Segundo relato de testemunhas, na época, o pai da criança quase entrou em estado de choque.



