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São Paulo

Crime organizado mantém SP sob ameaça

Depois de uma madrugada de trégua nos ataques na Grande São Paulo, uma granada foi encontrada nas proximidades do Túnel Nove de Julho. O artefato foi encontrado no chafariz na entrada do túnel, no sentido centro/bairro, que foi reformado recentemente. Policiais do grupo anti-bombas detonaram ao explosivo. O túnel Nove de Julho é uma das principais passagens para quem vai da zona sul em direção ao centro de São Paulo.Uma tentativa de ataque a ônibus na manhã desta terça-feira, na zona sul, terminou com um policial baleado no rosto e um passageiro ferido pelos estilhaço. Dois homens atiraram contra o veículo, que estava com passageiros, e o policial revidou. Na troca de tiros, um bandido foi morto e o outro foi preso

O transporte público funciona normalmente desde a manhã. Apenas os cerca de 400 veículos da cooperativa Nova Aliança foram liberados por volta das 8h, prejudicando a população da Cidade Tiradentes, na zona leste.

Na noite de ontem, três ônibus foram incendiados ao mesmo tempo em Cidade Tiradentes. Outros dois foram queimados nas zonas norte e sul, elevando para 39 o número de veículos queimados .

Os trens da CPTM também não escaparam: um vagão foi incendiado na estação do Itaim Paulista, na zona leste. Em São Caetano do Sul, no ABC paulista, homens atiraram contra a base da Polícia Militar. Em Cotia, na Grande São Paulo, dois ônibus foram incendiados e duas agências bancárias e um posto de gasolina foram atingidas por tiros e coquetéis molotov. Três criminosos morreram, um deles com 17 anos, em confronto com a polícia. Dois outros homens foram presos.

Na região de Campinas, os ataques continuaram. Foram registrados casos em Piracicaba, Limeira e Hortolândia, onde bases da polícia e delegacias foram alvo de tiros. Em Sumaré, um coquetel molotov foi lançado na Câmara Municipal. Em Araraquara, cinco homens dispararam tiros dentro de ônibus e depois queimaram o veículo.

Em São Vicente, no litoral, um ônibus foi incendiado. Os bandidos estavam armados. Ninguém se feriu. Em Sorocaba e em Campinas delegacias foram atingidas por tiros. Em Indaiatuba, também na região de Campinas, uma agência bancária foi alvo de um coquetel molotov.

Chega a 92 o número de ataques na terceira onda de violência que atinge o estado desde a madrugada de ontem. Mais de 100 alvos já foram atingidos. Oito pessoas ficaram feridas e seis suspeitos morreram em confrontos com a polícia. Dois dos mortos na troca de tiros com a polícia, nesta madrugada, acusados de lançar bombas de fabricação caseira, cumpriam penas em regime semi-aberto no presídio de Franco da Rocha e deveriam ter voltado à cadeia às 19h30m.

Em maio, São Paulo foi vítima de cerca de 300 ataques e mais de 130 pessoas morreram entre os dias 12 e 19. Os presos se rebelaram em mais de 70 presídios.

Durante as duas últimas semanas de junho, o crime organizado assassinou 16 agentes penitenciários.

Em julho passado, entre os dias 11 e 14, quase 100 onibus incendiados. Bancos e lojas de automóveis também foram alvo dos criminosos.

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