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O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse nesta quarta-feira que os trabalhistas terão candidato à presidência da República mesmo diante de uma decisão do PPS de não apoiar a candidatura do senador Cristovam Buarque. O candidato trabalhista, que foi criticado pelo presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), por não representar uma candidatura de confronto, afirmou ontem que há um vício na esquerda, que precisa ser superado, de ser oposicionista ao invés de ter propostas para o país.

- Sou de uma geração da esquerda que tem propostas para o Brasil. Me ocupo menos em me opor e mais em propor. É muito pouco ser contra o presidente Lula e o tucano Geraldo Alckmin, um candidato tem que representar uma alternativa - disse Cristovam contestando Freire.

Cristovam reconheceu que há deputados e candidatos aos governos estaduais, como Alceu Colares (RS) e Jackson Lago (MA), que são contra o lançamento de candidato para presidente, mas está confiante de que o partido não recuará de sua decisão de disputar a eleição. Lupi afirmou que a candidatura de Cristovam oferece uma oportunidade inédita para o trabalhismo, a de se aproximar dos setores médios e do segmento universitário. Cristovam, que pretende fazer da educação o carro chefe de sua campanha, criticou o PPS, que fará reunião nesta quinta-feira, por ter recuado da proposta de ter candidato à presidência da República em troca de alianças regionais com o PSDB e o PFL.

- O PPS tem tudo para ser um partido ideológico, mas não assume o risco de defender suas idéias. O PPS está colocando interesses locais e conjunturais acima dos interesses nacionais e estruturais - criticou Cristovam.

O PDT terá entre três minutos e meio e quatro minutos por dia de propaganda eleitoral no rádio e na televisão num cenário com seis candidatos ao Palácio do Planalto. O partido acredita que um candidado a presidente, apoiado em 14 candidaturas aos governos estaduais, algumas com possibilidade de vitória, como as do senador Osmar Dias (PR), do ex-governador Alceu Colares (RS), do ex-prefeito Jackson Lago (MA) e do governador Valdez de Góis (AP), será decisivo para o partido fazer uma votação acima de 5% dos votos para a Câmara. Lupi lembrou que desde 1982 o PDT sempre atingiu a claúsula de desempenho. Nas eleições presidenciais, Cristovam aposta que receberá um reforço do PV, com quem pretende articular uma coligação informal.

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