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crise política

Criticado por Dilma, Cunha ataca o governo

Presidente da Câmara se afasta do Planalto e diz que o atual governo patrocinou “o maior escândalo de corrupção do mundo”

Protesto em São Paulo pediu para Cunha assinar o impeachment. | Agência Efe/Folhapress
Protesto em São Paulo pediu para Cunha assinar o impeachment. (Foto: Agência Efe/Folhapress)

Menos de uma semana após iniciar uma reaproximação com o Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), parece ter abandonado a ideia de poupar a presidente Dilma Rousseff. O peemedebista negou na segunda-feira (19) que vá renunciar ao cargo e acusou o governo federal de protagonizar “o maior escândalo de corrupção do mundo”.

Presidente diz não acreditar na possibilidade de impeachment

As declarações foram dadas um dia após a presidente buscar se afastar do presidente da Câmara. “O acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, mas com a oposição, que era público e notório”, disse a presidente, que completou: “Cunha não integra o meu governo. Eu lamento que seja com um brasileiro [as denúncias que o envolvem]”.

Em resposta, Cunha afirmou lamentar “que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo”.

Nos bastidores, a declaração foi interpretada como o fim das negociações de Cunha com o Planalto para salvar o mandato tanto de Cunha como de Dilma. O governo tem apostado que Cunha terá de renunciar.

O presidente da Câmara também apresentou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira contra liminares que suspenderam as regras de tramitação definidas por ele próprio para a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma. Na semana passada, o STF concedeu três liminares que suspenderam as regras de tramitação determinadas por Cunha.

Contas na Suíça

O peemedebista também voltou a se negar a dizer na segunda-feira se tem ou não contas na Suíça ou comentar qualquer detalhe dos documentos que vieram a público nas investigações, entre eles o uso de seu passaporte diplomático para abrir algumas das contas que, até então, ele sempre negou ter.

Questionado seguidas vezes sobre isso, ele se limitou a dizer que seus advogados irão se pronunciar no momento adequado e que ele reitera os termos da nota que soltou na sexta-feira (16). Nesse texto, ele acusa a Procuradoria-Geral da República de perseguição política e de promover vazamentos de informações seletivas contra ele.

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