
A defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protocolou uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o juiz da 13.ª Vara Federal de Curitiba (PR), Sergio Moro, responsável pela condução da Operação Lava Jato. Os advogados de Cunha pedem a imediata suspensão da ação penal que corre no Paraná e na qual o peemedebista foi citado como beneficiário de uma propina de US$ 5 milhões. Os advogados de Cunha pedem ainda que o STF declare nulos todos os atos realizados no curso da ação penal. Como parlamentar, Cunha tem direito a foro privilegiado no Supremo.
Os advogados pedem a remessa imediata no processo para o STF. Na análise do mérito, a defesa de Cunha pede para que seja reconhecida a “usurpação de competência” do Supremo por parte de Moro e que todos os atos relacionados ao presidente da Câmara sejam anulados.
A ação tem como investigados, entre outros, o lobista Júlio Camargo, um dos delatores da Lava Jato. Camargo disse em depoimento que Fernando Baiano, suposto operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, lhe afirmou que estava sendo pressionado por Cunha para pagamento de US$ 5 milhões de propina. Os valores da propina teriam saído de compras de navios-sonda.



