Investigada na Operação Lava Jato, Marice Corrêa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, vai depor apenas na segunda-feira (20). Ela se entregou à Polícia Federal nesta sexta-feira (17), depois de chegar do Panamá, onde participava de um congresso.
Marice chegou em um táxi, acompanhada de um advogado, por volta das 14h. Ela permaneceu em silêncio e não respondeu às perguntas da imprensa.
Por volta das 16 horas, Marice seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) para realizar o exame de corpo de delito. Ela deve deixar a carceragem da PF em Curitiba na terça-feira (21), quando vence a prisão temporária decretada pelo juiz federal Sérgio Moro.
Marice estava sendo procurada pela PF desde quarta-feira (15), quando a força tarefa deflagrou a 12ª fase da operação Lava Jato. No mesmo dia, o ex-tesoureiro foi preso. De acordo com as investigações do Ministério Público Federal (MPF), ela é suspeita de ser destinatária do dinheiro do esquema de corrupção. Ela teria adquirido um apartamento por R$ 200 mil e o vendido para a empresa OAS por R$ 400 mil, conforme as investigações. Este mesmo imóvel, teria sido vendido pela empreiteira por um valor menor.
O advogado Claudio Pimentel, que defende a investigada, nega as acusações. “Operadora de quê? Ela nem tem dinheiro para isso”, afirmou. “Os valores [de seu patrimônio] não são significativos, não existe isso.”
O advogado afirma que toda a movimentação financeira e patrimonial de Marice foi declarada no Imposto de Renda e será justificada à Polícia Federal. “Todos os seus bens tiveram origem lícita”, disse.
