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Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, ambos do PMDB | Montagem/
Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, ambos do PMDB| Foto: Montagem/

Nas fundamentações do pedido de prisão que fez contra a cúpula do PMDB, a Procuradoria-Geral da República alegou que as defesas de Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR) combinavam versões e estratégias para evitar que seus clientes fossem alcançados pelas investigações da Operação Lava Jato. As informações foram publicadas na edição desta quinta-feira (9) do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo apurou a reportagem, o esforço conjunto era para impedir que o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado ajudasse nas apurações. Haveria ainda indícios de que seriam produzidos documentos para “maquiar” os desvios ocorridos na gestão do delator frente ao braço de transportes da Petrobras.

Machado cita deputados e outros senadores em delação

Segundo informações obtidas pela Folha, a delação de Machado também cita deputados e senadores de outros partidos como beneficiários de dinheiro desviado da Transpetro. Uma das citadas é a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A informação foi antecipada na quarta-feira (8) pela coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmada pelo jornal paulista, que não conseguiu contato com a parlamentar.

Jandira teria pedido ajuda a Machado para sua campanha.

Machado passou a colaborar com a Lava Jato na semana passada e afirmou ter repassado R$ 70 milhões desviados da subsidiária da estatal de petróleo para Renan, Sarney e Jucá.

Ainda na fundamentação dos pedidos de prisão, foi alegado que o simples afastamento de Renan e Jucá do Senado não surtiria efeito para proteger as investigações da Lava Jato de possível interferência de ambos. Em relação ao presidente da Casa, o afastamento foi colocado como alternativa ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o pedido de prisão não seja aceito.

A reportagem da Folha afirma ainda que outros áudios gravados por Machado, além dos já divulgados pela imprensa, compõe o pedido de prisão, além de documentos que comprariam movimentações financeiras dos investigados.

Investida contra a prisão após decisão de 2ª. instância

Segundo procuradores que fundamentaram o pedido de prisão contra o trio, diálogos captados também mostram que eles tinham interesse em mudar a decisão do STF que passou a permitir a prisão de condenados a partir de segunda instância. Inclusive, eles fazem críticas aos votos de alguns ministros no julgamento que decidiu a questão.

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