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De mãe para filho, diretoria da Sanepar volta para Belinati

Cargo que era ocupado por Emília Belinati passará ao filho. Ele já ocupava a diretoria até 2013 e passou a função para a mãe

Mounir Chawoiche (esq.), presidente da Sanepar, e Belinati | Divulgação/Sanepar
Mounir Chawoiche (esq.), presidente da Sanepar, e Belinati (Foto: Divulgação/Sanepar)

A diretoria comercial da Sanepar continuará a ser ocupada por um membro da família Belinati. Antonio Carlos Salles Belinati foi anunciado ontem como o novo titular da pasta. Ele ocupará o posto deixado pela mãe dele, Emília de Salles Belinati. A alteração será publicada no Diário Oficial de hoje.

O cargo "pertence" à família Belinati desde o início do primeiro mandato do governador Beto Richa (PSDB). Em 4 de janeiro de 2011, o tucano nomeou Antonio Carlos no lugar do ex-deputado estadual César Seleme (PMDB).

Em julho de 2013, Antonio Carlos deixou o cargo para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná, no lugar deixado vago por Fabio Camargo – que renunciou quando foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas (TC-PR). Um mês depois, Emília foi escolhida para ocupar o posto do filho.

Seis meses depois, Antonio Carlos perdeu a vaga de deputado com a volta do ex-secretário de Habitação de Curitiba Osmar Bertoldi (DEM) para a Assembleia, em janeiro de 2014.

Não se elegeu

Antonio Carlos Belinati concorreu na campanha eleitoral do ano passado para deputado estadual, mas não se elegeu.

O pai dele, Antonio Belinati, foi prefeito de Londrina três vezes. Na metade de 2014, Belinati, o filho e outros 11 réus foram condenados pela Justiça a ressarcir os cofres públicos pelo caso que ficou conhecido como Ama/Comurb.

Iniciada em 2000, a ação se refere ao esquema de compras fictícias feitas pela Autarquia Municipal do Ambiente (AMA) de Londrina.

Segundo o Ministério Público Estadual (MP), o esquema servia para cobrir as despesas de campanhas eleitorais de Antonio Carlos, que se elegeu como deputado naquele ano, e do ex-deputado federal José Janene (morto em 2010), que se reelegeu em 1998. Antonio Carlos foi condenado a pagar 90% do dano ao erário, estimado em R$ 570 mil (em valores corrigidos).

Vice

Emília foi casada com Antonio Belinati. Eles se divorciaram. Também foi vice-governadora durante duas gestões de Jaime Lerner no governo estadual (no período de 1995 a 2002) e exerceu o cargo deputada na Assembleia no começo da década de 1990.

A ex-diretora da Sanepar foi contatada por telefone pela reportagem. Ao ser questionada se ela deixaria o cargo, desligou o telefone. Depois, não atendeu mais às ligações. Antonio Carlos também não atendeu aos telefonemas do jornal.

Por e-mail, a Sanepar informou apenas que "as alterações na diretoria foram ratificadas pelo Conselho de Administração da empresa". A Sanepar não divulga os salários de seus funcionários na internet e não respondeu ao questionamento da reportagem.

Primeira vice

Emília Belinati foi a primeira mulher eleita como vice-governadora do Paraná, na chapa encabeçada por Jaime Lerner. Ocupou o cargo entre 1995 e 2002. Entre 1991 e 1994, foi a única mulher com mandato na Assembleia Legislativa do Paraná. Ela foi casada com o ex-prefeito de Londrina e ex-deputado Antonio Belinati. Outro membro da família com atuação na política é o deputado federal eleito Marcelo Belinati (PP), sobrinho do ex-casal.

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