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Bate-chapa

De olho em 2014, PT vai às urnas em todo o país

Partido escolhe neste fim de semanas os novos presidentes estaduais e regionais. Realinhamento de forças pode influenciar na eleição do ano que vem

O deputado Enio Verri tenta reeleição no diretório estadual | Brunno Covello/Gazeta do Povo
O deputado Enio Verri tenta reeleição no diretório estadual (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

O PT escolhe neste fim de semana suas novas lideranças municipais, estaduais e nacional. No Paraná, quatro chapas concorrem à presidência do diretório, sendo que três delas são de correntes "alternativas" ao campo majoritário do partido. Estão na disputa o atual presidente do diretório do Paraná, o deputado estadual Ênio Verri, o deputado federal Doutor Rosinha, o sindicalista Ulisses Kaniak e o jornalista Roberto Elias Salomão.

A escolha vai influenciar a corrida eleitoral do ano que vem. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, aposta do partido para a disputa do governo do estado, apoia a reeleição de Verri, próximo da linha majoritária do partido. Já os outros candidatos avaliam que é preciso haver uma identidade mais forte da legenda, com uma guinada à esquerda, revendo inclusive a polícia de alianças – o que poderia ser um fator complicador para a montagem do cenário político de 2014.

Rosinha, Kaniak e Salomão concordam que o PT precisa ser mais "seletivo" na escolha de parcerias políticas. "Tem um setor do partido, que é maioria, que tá levando o PT pro buraco. Apoiar Sérgio Cabral [governador do Rio de Janeiro], José Sarney [senador]. Isso não dá voto", opina Salomão. Kaniak reconhece que o partido só atingiu o atual nível de governabilidade pelas alianças firmadas nos últimos dez anos. "O problema é que foi além, hoje os governantes são reféns dessas alianças", defende. Já Rosinha acredita que qualquer parceria tenha que ser discutida "com profundidade e de forma programática".

Os três oposicionistas também criticam a atual formação dos diretórios nacional e estadual, que não abririam margem para discussões entre os membros e dariam pouca voz aos militantes. Kaniak diz que o partido deveria se voltar novamente aos movimentos sociais de base, em especial o movimento sindical – em alusão ao começo da carreira do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva como sindicalista.

O chefe da Secretaria-Ge­­ral da Presidência da Re­­pública, Gilberto Car­­valho, criticou ontem a situa­­ção do partido. para ele, é preciso reanimar a militância e reformular um projeto. "Estamos com dificuldade de elaboração, dificuldade de revitalizar nossa militância", afirmou, ao deixar um evento em São Paulo. "Nós estamos precisando reformular nosso projeto." No plano nacional, a expectativa na legenda é pela recondução do presidente da sigla, deputado estadual Rui Falcão (PT-SP).

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