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Eleição 2010

De saída, José Serra ataca governo Lula

Pré-candidato à Presidência, governador de São Paulo aproveita cerimônia de balanço de sua gestão para contrapor sua administração à petista

Serra:carta de renúncia ao governo  será entregue amanhã | Cris Castello-Branco/Governo do Estado de São Paulo
Serra:carta de renúncia ao governo será entregue amanhã (Foto: Cris Castello-Branco/Governo do Estado de São Paulo)

São Paulo - Passados 39 meses de silêncio tático, o governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra (PSDB), lançou-se ontem num confronto ao governo Lula e sua candidata, a ministra Dilma Rousseff. Em sua despedida do Pa­­­lácio dos Bandeirantes – Serra entrega sua carta de renúncia amanh㠖 o governador de São Paulo trans­­­formou sua prestação de contas, justificativa oficial para o evento que reuniu 6 mil pessoas na sede do governo, no seu mais crítico discurso já feito ao governo federal.

Apresentando-se pela primeira vez como candidato, usou termos duros ao pregar a "honra" como um princípio de seu governo. "Aqui não se cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito", afirmou.

Serra – que atravessou a ma­­­­drugada para redação do discurso – contrapôs seu governo ao do PT. Ainda que sem fazer uma única menção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao mensalão, disse que a relação de sua administração com a Assembleia Legislati­­­va foi marcada pela transparência em favor do povo. Dizendo que não administra segundo a coloração partidária, atacou: "A gente serve ao interesse público, não às máquinas partidárias. Governamos para o povo e não para partidos".

Alvo de manifestações dos sindicatos, Serra deixou clara a disposição de imprimir no PT o rótulo de sectarismo. "Jamais incentivei o confronto gratuito. Jamais mobilizei falanges de ódio. [...] E nisso não vou mudar", afirmou.

O governador encerrou seu discurso citando a frase presente no brasão do estado de São Paulo ("Pelo Brasil, façam-se as grandes coisas") e com um lema que deve nortear seus discursos de candidato: "Vamos juntos, o Brasil pode mais!".

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