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Ministério público

De volta ao MP, Demóstenes será investigado por “falta funcional”

Procurador licenciado, ex-senador terá agora de explicar suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira ao MP goiânio

Demóstenes: licenciado do MP goiano desde 2001 | Pedro Ladeira/Ag. Senado
Demóstenes: licenciado do MP goiano desde 2001 (Foto: Pedro Ladeira/Ag. Senado)

A Corregedoria do Ministério Público de Goiás (MP-GO) vai instaurar procedimento disciplinar para investigar "eventual falta funcional" do ex-senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), cassado na quarta-feira, em razão de seu envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Demóstenes se licenciou do MP goiano em 2001, quando ocupava cargo de procurador-geral de Justiça.

Em nota divulgada na tarde de quarta-feira, a Corregedoria-Geral do MP informou que aguardava a publicação da decisão do plenário de cassar Demóstenes no Diário do Senado para instaurar um procedimento disciplinar "para apuração de eventual falta funcional". Nenhum procedimento foi instaurado até então porque as acusações e suspeitas contra o ex-senador não atingiram sua atuação como membro do Ministério Público.

Acusado de ter beneficiado a organização criminosa supostamente comandada pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Demóstenes teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar. Ele só poderá voltar a disputar eleições em 2027.

A licença de Demóstenes do MP goiânio perdeu efeito ontem, após ser publicada a decisão do Senado. Caso reassuma o cargo de procurador, Demóstenes voltará a atuar na 27.ª Procuradoria de Justiça, onde receberá um salário de R$ 22 mil, sem considerar os benefícios do cargo de procurador.

Além disso, mantido o vínculo com o MP-GO, Demóstenes continuará detendo foro privilegiado por prerrogativa de função. Assim, o processo que hoje corre no Supremo Tribunal Federal (STF) deverá ser remetido ao Tribunal de Justiça de Goiás. Já se ele for desligado do Ministério Público Estadual antes do julgamento, poderá ser julgado pela Justiça Federal em Goiás.

A Corregedoria Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público também está apurando o suposto envolvimento do procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, com o grupo de Carlinhos Cachoeira. Benedito é irmão de Demóstenes.

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