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Curitiba – Os acontecimentos da semana em relação ao projeto de transposição do Rio São Francisco levaram a discussão aos estados envolvidos. Na sexta-feira, o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), retirou o apoio à proposta do governo. Lessa disse que cansou de esperar por recursos federais para obras de desenvolvimento e revitalização. O estado, por onde o rio passa até desaguar no mar, pode perder vazão de água com a transposição. O governador acredita que deveria haver uma contrapartida em recursos.

Outro crítico ao projeto é o governador de Sergipe, João Alves (PFL), estado que também "perde" com a transposição. "Antes de tudo é preciso, a médio prazo, aumentar a vazão do Rio e, a curto prazo, implantar uma adutora para resolver o problema de abastecimento principalmente na Paraíba". João Alves acrescentou ainda que a utilização da água tem que ser planejada a conta-gotas.

Jarbas Vasconcelos (PFL), governador de Pernambuco, é favorável ao projeto. Ele lembra que o estado tem uma posição única na transposição, de doador e receptor. "Pernambuco nunca iria negar água para os estados vizinhos."

O Ceará será um dos mais beneficiados com a transposição. 4 milhões de cearenses usarão água do Velho Chico após a transposição. Edinardo Rodrigues, secretário de Recuros Hídricos, foi o porta-voz do governador Lúcio Alcântara (PSDB) sobre a questão. " Não podemos ter a postura egoísta de jogar água no mar quando 12 milhões de pessoas sofrem com a escassez."

Os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, que sofrem com o déficit de água, apóiam o projeto do governo. Josemar Azevedo, secretário de Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte, argumentou que apenas na bacia de um rio que corta o estado há déficit de 30m3/s. Cássio Cunha Lima (PSDB), governador da Paraíba, apesar do apoio, acha que deve haver mais debate e uma solução pacífica para o caso. Em meio a toda a discussão a frase do secretário de Recursos Hídricos do Ceará parece retratar a situação. " O problema é que o cobertor é curto."

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