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Edinho SIlva foi o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Edinho SIlva foi o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O tesoureiro da campanha presidencial de 2014, ministro Edinho Silva (Comunicação Social), chamou de “peça de ficção” o trecho da delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo divulgado nesta quinta-feira (7).

Edinho disse que o teor do que veio a público “não tem lastro na verdade”.

Em entrevista à imprensa, o petista afirmou que a divulgação do conteúdo “tenta agravar a situação política” para ser utilizada como “instrumento da luta partidária”. Ele afirmou estranhar que ela ocorra às vésperas da votação em plenário do pedido de impeachment da presidente na Câmara dos Deputados.

“Se isso existe de fato na delação premiada, é uma mentira”, disse. “E nos estranha muito que uma delação seletiva seja vazada num momento em que a Câmara dos Deputados está à véspera de uma decisão importante de um pedido que no nosso entender se caracteriza por um golpe.”

Conforme a Folha de S.Paulo revelou na edição desta quinta-feira (7), os executivos da empresa contaram aos investigadores que a empreiteira fez doações legais às campanhas da presidente e de seus aliados usando recursos oriundos de obras superfaturadas da Petrobras.

O ministro fez um apelo para que os integrantes do Ministério Público e o Poder Judiciário impeçam “vazamentos seletivos” em meio a um processo de definição do impeachment no Congresso Nacional.

“Faço um apelo para que os integrantes evitem a todo custo que um processo que tem tudo para fortalecer as instituições brasileiras se torne objeto da luta político-partidária, principalmente neste momento da vida brasileira”, disse.

O tesoureiro afirmou também que a arrecadação da campanha presidencial foi feita de forma “lícita” e “transparente”. Ele negou que tenha participado de qualquer diálogo com o ex-presidente da empreiteira no qual tenha sido mencionada a palavra propina.

“O meu diálogo com o ex-presidente da empresa foi idêntico ao que tive com dezenas de empresários brasileiros no processo de arrecadação”, disse.

Segundo ele, a empresa doou em quantidade semelhante às demais empresas que fizeram doações e repassou menos recursos à campanha petista do que foi transferido ao então candidato do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

“Em algum momento, nós temos de por fim aos vazamentos seletivos de delações premiadas que tem o pressuposto do sigilo. Eles são seletivos e são usados na luta político-partidária”, criticou.

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